PF poderá apurar
comércio interestadual de remédios falsificados
Será de competência da Polícia Federal
apurar os crimes de repercussão interestadual que envolvam falsificação,
corrupção e adulteração de medicamentos, incluindo a venda desses produtos pela
internet. É o que estabelece o projeto de lei do senador Humberto Costa (PT-PE)
que será votado em caráter terminativo nesta quarta-feira (14) pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O autor do projeto (PLS 368/2011)
argumenta que a Polícia Federal tem enfrentado um "cenário de incerteza
jurisprudencial" sobre a competência para investigação desses crimes desde
que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu só reconhecer o interesse da
União quando houver indícios de internacionalidade do delito. Pelo projeto, a
falsificação e a venda irregular de medicamentos pela internet passa a ser
incluída na Lei 10.446/2002, que autoriza a atuação da Polícia Federal para
investigar determinados crimes que apresentem repercussão interestadual.
O relator do projeto, senador Inácio
Arruda (PCdoB-CE), recomenda sua aprovação, sublinhando a ameaça à saúde
pública que os medicamentos falsificados representam:
"Os novos esquemas de mercado
global, acordos de livre comércio e medidas de desregulamentação estão mudando
dramaticamente o mercado farmacêutico em todo o mundo, onde se presencia uma
proliferação de produtos farmacêuticos falsificados."
Passagens aéreas
Também vai a votação na CCJ o projeto
(PLS 24/2012) da senadora Ana Amélia (PP-RS) que assegura a restituição da
quantia paga por bilhete aéreo em caso de cancelamento ou remarcação e proíbe
cobrança de taxa de serviço superior a 10% nessas hipóteses, seja qual for a
modalidade tarifária da aquisição do bilhete. Em sua justificação, a senadora
argumenta que "as empresas aéreas cobram multas abusivas pela remarcação
ou reembolso" de passagens, especialmente os adquiridos em tarifa
promocional - que são, conforme frisou, a maioria dos bilhetes vendidos no
país.
Em seu relatório favorável ao projeto, o
senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou a atenção para o objetivo de sanar uma
"lacuna normativa" no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), que não
regulamenta os casos de cancelamento ou remarcação de bilhetes por iniciativa
do passageiro, e estabelecer um "critério de equidade" que previna
abusos das empresas aéreas.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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