Pelo direito
ético de comer carne
Por Monique
Morata (Gerente de Marketing, Abiec).
Não e de hoje que se discute sobre o
consumo de carne vermelha, nunca de forma conclusiva e sempre tendenciosa,
rendendo-se a modismos, preconceitos, à mudança na sociedade e até mesmo a
lobbies.
O homem, enquanto onívoro, necessita da
proteína animal para o bom funcionamento do organismo. Pode-se argumentar que a
proteína pode ser substituída. Sim, mas e aqueles que não o querem fazer?
Ao argumentar sobre a morte de animais,
na cadeia evolutiva sempre ocorrerá o sacrifício de um elo em benefício de
outro, mantendo a cadeia em harmonia. Não estamos falando de sacrifício de
humanos, mas sim de uma atividade rural, assim como a agricultura também o é.
É importante lembrar ainda da
importância econômica da atividade agropecuária, gerando riquezas para os países,
com forte impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de empregos. Na
parte tecnológica e científica, importantes avanços são feitos ano a ano,
aumentando a produtividade ao mesmo tempo que diminui os impactos ao meio
ambiente. Vale lembrar que toda a atividade gera impacto ambiental. Usar a
internet, fazer trilha, comer vegetais.
Até hoje os malefícios do consumo de
carne vermelha não foram comprovados de forma efetiva e não há consenso na
classe médica e cientifica sobre o tema. O seu consumo e recomendado até mesmo
pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura). A
organização orienta que o ser humano precisa de um suprimento diário de 90
gramas de proteína, sendo que 50% deve ser de origem animal.
A atividade ainda gera empregos e renda
para as comunidades, criando oportunidades para que a população de comunidades
rurais mantenham-se em suas cidades, evitando assim o êxodo rural e suas
consequências, como o aumento da população e o crescimento desordenado dos grandes
centros urbanos.
Já está mais do que na hora da população
ter acesso a informações reais para que possa escolher com segurança que dieta
seguir. Há mais de 30 anos trava-se em diversos países uma luta contra a carne
vermelha, baseada em muitas inverdades. Segundo especialistas, o organismo
humano é sim apto a digerir com sucesso a proteína animal. O homem possui um
sistema digestivo onívoro, ou seja, capaz de digerir carne vermelha com muita
eficiência e sem danos ao funcionamento geral do organismo. Por outro lado, por
sua característica de ser adaptável, pode seguir uma dieta exclusivamente
vegetariana, sem danos também. Ou seja, cabe a cada um escolher o tipo de dieta
que mais lhe agrada.
A grande verdade é que o extremismo
nunca foi benéfico para a humanidade, por isso mesmo, não seria melhor
adotarmos o lema: viva e deixe viver? Não se pode querer impor seu desejo a
todos, tendo em vista que vivemos na pluralidade. É importante sim mantermos um
canal de debate aberto, para que juntos, carnívoros, vegans, sociedade
protetora dos animais, economistas, representantes das industrias alimentícias,
governo, enfim; juntos encontremos soluções efetivas para melhores praticas em
todos os setores, beneficiando desta forma, toda a sociedade.
Assim sendo, é ético comer carne em prol
da manutenção e criação de novos postos de trabalho na área rural; o ser
agropecuário é importante economicamente, mantendo a balança comercial estável;
o produto contém proteínas importantes para o organismo humano; vale lembrar que
enquanto parte da população mundial tem condições de escolher seus hábitos
alimentares, com a substituição de proteína animal por outros alimentos, muitas
vezes mais caros, há ainda populações que lutam contra a fome; e para
finalizar, porque o desejo das maiorias também deve ser respeitado, da mesma
forma que vegetarianos têm e devem ter o seu direito ao livre consumo e
opinião.
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/espaco-aberto/pelo-direito-etico-de-comer-carne/?utm_source=MadMimi&utm_medium=email&utm_content=Confinamento%3A%20ganho%20m%C3%A9dio%20di%C3%A1rio%20ou%20convers%C3%A3o%20alimentar%3F%20%7
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