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domingo, 27 de setembro de 2015

GENOCÍDIO DOS ÍNDIOS ÀS MARGENS DO RIO CURURUPE

GENOCÍDIO DOS ÍNDIOS ÀS MARGENS DO RIO CURURUPE
                                          
Essa é a história que fala sobre o genocídio dos índios ocorrido às margens do Rio Cururupe, no dia 26 de setembro em 1937, relatada pela Cacique VALDELICE AMARAL DE JESUS, CACIQUE TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA (JAMOPOTY), e escrita por Jaborandy Tupinambá de Olivença





RELEMBRANDO A HISTÓRIA
Em 22 de abril de 1500, colonizadores portugueses liderados por Pedro Alvares Cabral, invadiram e se apossaram dessa nova terra que veio a ser chamada de Brasil.
Aqui chegando, encontraram logo de inicio habitantes de outra nação: Nossos parentes TUPINAMBÁ. Além de desconsiderar e de desprezar os habitantes, os colonizadores europeus praticaram atos cruéis e sanguinários como a escravização dos índios e trouxeram doenças, condenando a maioria dos parentes a morte.
A pratica do extermínio continuou ao longo do tempo. A ganância pelas nossas terras aumentava com o passar dos séculos e com isso prosseguia o massacre dos índios “remanescentes” de OLIVENÇA.
No dia 26 de setembro de 1937 aconteceu nas margens do rio cururupe aqui em Ilhéus- Sul da BAHIA, um grande massacre dos parentes conhecido pelos mais velhos como: A REVOLTA DO CABOCLO MARCELINO.
Neste massacre foram mortos vários parentes, E NUNCA SE FEZ JUGAMENTO.

PARA PUNIR OS CULPADOS.
O movimento que ficou conhecido como a REVOLTA DO CABOCLO MARCELINO, começou em 1929,conforme se lê no texto extraído da dissertação de mestrado da Prof Maria Hilda Paraíso, “OS INDIOS NA AREA DOS CORONÉIS DO CACAU”. A construção da ponte sobre Rio cururupe teve reflexos graves aos índios de Olivença… A reação dos “caboclos” de Olivença terminou por se processar em 1929, sob o comando de Marcelino, liderança TUPINAMBÁ na época.
Argumentando a necessidade de recuperar as nossas terras perdidas, e expulsarem os atuais ocupantes da ALDEIA.
A reação (das autoridades da época) foi imediata, e em novembro de 1929 uma caravana de praças e de inspetores de quarteirão deslocou-se para o cururupe iniciando a repressão aos revoltosos…
E o governo covardemente instalou a linha Ilhéus-Olivença usando caminhões como veículos.

ASSUMINDO COMPROMISSO
Diante do massacre do Rio cururupe,o qual ficou conhecido “martírio” de nós Tupinambá de Olivença que hoje continua através da fome da falta de terras para trabalhar, da ausência de politicas publicas diferenciadas de educação, saúde ,moradia e transporte, é que nós Povo Tupinambá de Olivença convoca, anualmente, toda a população para estarmos juntos para dizer NÃO a tanta violência.
Índios e não-índios estão sempre juntos nesta peregrinação, para dizer SIM ao projeto do Deus da vida que chama todos de filhos e filhas. Vamos juntos glorificar o nome de Deus apoiando a nossa luta justa do Povo Tupinambá de olivença pelo nosso reconhecimento étnico cultural e pela demarcação de nossas terras.
Em todos esses anos de caminhada ao cururupe, deixamos marcas de um povo que relembra um fato histórico de genocídio, buscando o cumprimento dos seus diretos, mas que celebra a vida na esperança de um País melhor e de uma sociedade mais justa.

Venha ser adubo na TERRA, onde nós TUPINAMBÁ possamos celebrar o DEUS DA VIDA, com nosso “manto sagrado”. E que vivamos enquanto POVO TUPINAMBÁ EM TERRAS TUPINAMBÁ.

AWERE!!!
VALDELICE AMARAL DE JESUS
CACIQUE TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA

(JAMOPOTY)

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