Em tempos de
crise, Wagner recebe R$76,2 mil por ano de auxílio-moradia
Ex-governador do
estado, que é a favor da CPMF, está na lista dos ministros que recebem a
mordomia
O ex-governador
da Bahia Jaques Wagner, atual ministro da Defesa, recebe todo mês R$6.325
apenas para morar em Brasília, mesmo tendo apartamento funcional à disposição.
Esse é o valor que corresponde ao auxílio-moradia do petista baiano, que,
somado, chega a R$76.200 por ano. O benefício continua sendo pago mesmo em
tempo de crise e ajuste fiscal, e também contempla outro político com base
eleitoral na Bahia: o ex-vereador de Salvador e atual titular da pasta da
Cultura Juca Ferreira, que recebe R$6.500 de auxílio-moradia por mês,
totalizando R$78 mil por ano.
A denúncia, que
vai ser reverberada logo mais na sessão da Assembleia Legislativa pelo
vice-líder da oposição, deputado Pablo Barrozo (DEM), foi publicada na edição
de hoje (29) do jornal O Globo. No total de 38 ministros, 25 ganham o
benefício. "Por isso que o ex-governador Jaques Wagner é a favor da
criação de novos impostos, como a CPMF. Afinal, ele tem interesse em manter as
mordomias que tem em Brasília. Vale lembrar que todos os ministros têm direito
a apartamento funcional sem onerar a população. Mas Wagner preferiu morar em
mansão", disse Barrozo.
O deputado
afirmou que Wagner recebe R$23.760,92 de salário mensal. "Todo mundo que quer
morar num lugar melhor para seu aluguel. Se não quisesse morar em apartamento
funcional, que foi a opção feita por outros ministros, por que o ex-governador
da Bahia não deu o exemplo num momento difícil em que o governo federal quer
que o povo se sacrifique e alugou o imóvel que queria? Ao invés disso, Wagner
prega a volta da CPMF e silencia quando o assunto é cortar na própria carne.
Esse é o estilo PT de governar", ressaltou Pablo Barrozo, indignado.
Somando os
auxílios pagos a Jaques Wagner e a Juca Ferreira, o valor chega a R$154.200.
Segundo o jornal O Globo, o teto do auxílio corresponde a 25% do valor do
salário dos ministros, chegando a R$7.733.
Nenhum comentário:
Postar um comentário