CENTENÁRIO DE
ADONIAS FILHO EM PAUTA NOS PROJETOS DA FICC
Há alguns teóricos e pesquisadores da
cultura regional sulbaiana que indicam o verdadeiro significado do status
grapiúna. Se, para uns, é o segundo nome daquele que nasceu em Itabuna, muitos
outros indicam que é aquele que adotou a cidade de Itabuna como a terra do
coração. Para outros ainda, grapiúna se estende também para todos os que se
apaixonam pela região, ou por terem nascido nessas bandas de cá, ou por terem
simplesmente adotado uma ou outra cidade por aqui por perto. Adonias Filho é um
desses nomes, não nascidos em Itabuna, mas em Itajuípe (ou “Pirangi”, para os
que assim preferirem) e que assumiu para si toda a grapiunice existente em sua
personalidade. Grapiunice, aliás, que está presente em toda sua obra literária.
Se estivesse vivo, Adonias Filho
completaria em novembro de 2015, 100 anos. Pelas palavras do diretor de teatro
Gideon Rosa, “o próprio Jorge Amado, quando vivo, reconhecia a grandiosidade de
Adonias Filho e dizia que a obra dele (de Adonias) era até maior que a sua
própria”, reconhecendo-se a riqueza adoniana.
Ciente da importância que Adonias Filho
tem para a região Sul da Bahia e para a cidade de Itabuna, cidade que serviu de
cenário para muitos dos seus romances, a Fundação Itabunense de Cultura e
Cidadania (FICC) iniciou, no último dia 18 de julho, os preparativos para a
comemoração do centenário de seu nascimento. Uma reunião entre gestores da FICC
e produtores culturais esboçou as primeiras ideias que acercam o projeto.
Representando a FICC, participaram o presidente, professor Roberto José da
Silva, o assessor de Comunicação & Acompanhamento da Gestão, Ricardo
Mascarenhas, e o assessor de Marketing Cultural, Eric Thadeu Nascimento Souza.
Além deles, estiveram presentes os atores e diretores teatrais Evaldo Costa e
Gideon Rosa, entusiastas da obra de Adonias.
Segundo
Evaldo, a ideia é a de que “realizemos um projeto audacioso. A princípio,
fala-se na inauguração de um busto, numa praça de Itabuna, em homenagem ao
nobre escritor, ou ainda na adaptação, para o teatro, de uma de suas obras,
além de workhops, seminários e mesas de discussão, com acadêmicos e
pesquisadores, em que se desnudará o trabalho de Adonias”.
Sobre
a iniciativa da FICC, de iniciar o planejamento desse projeto cerca de um ano e
meio antes da comemoração, o diretor Gideon Rosa explica que “é muito louvável,
é até profissional, por parte da FICC que os planejamentos decorram com esse
prazo hábil, em que ideias são colocadas para análise”. E complementa: “Eu
tenho certeza de que Itabuna fará uma comemoração que esteja no nível da
importância de Adonias para a nossa terra”.
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