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terça-feira, 19 de maio de 2009

ARTIGO COLABORADOR

Todos somos iguais perante a dengue

Dr. Álvaro Luis

Embora desiguais em relação a benesses de favores públicos e também desiguais aos olhos da justiça, todos somos iguais perante a dengue. A dengue é de todos nós. É de todos enquanto possibilidade de contrair a doença. Mas, também é de todos em relação à responsabilidade por criar e manter as condições propícias para que o surto epidêmico se consolide e cause tamanho estrago com alta morbidade e mortalidade. Todos estão envolvidos como responsáveis pelo grande problema de saúde público recente transmitido por um mosquitinho que tem vencidos governos, mas que também é um problema social, econômico, cultural etc. Gasta-se muito e sofre-se muito com a dengue. Governos são responsáveis, é certo, nas três esferas: municipal, estadual e federal. Responsáveis também somos nós todos enquanto cidadãos, no pressuposto que, se temos direitos constitucionais, também temos deveres sociais.
Atacar, culpando o vizinho é uma manifestação humana de defesa. E é assim em relação a dengue, atualmente. Quando nos sentimos culpados culpamos os outros pelo problema. Assim temos feito. Culpamos o Prefeito, o Secretario de Saúde, o Ministro, o Governador e até o Presidente da Republica. Mas, mantemos vasilhames com água parada dentro da nossa própria casa. Deixamos pneus ao ar livre, tanques descobertos, casas fechadas. É certo que não temos boa tradição em relação à educação sanitária nem em relação a nenhum tipo de educação. Se fóssemos educados não importunávamos, (os homens) as moças que passam pela calçada, dizendo-lhes impropérios. Se fóssemos educados não furávamos filas nos bancos, nos hospitais, nas repartições públicas, nos pontos de coletivo. Se fóssemos educados não teríamos filas intermináveis nos postos do INSS e nos bancos. Se fóssemos educados não teríamos índices de contaminação de dengue, tanta gravidez indesejada, tanto aborto.
Se fóssemos educados não jogaríamos papel na rua, não faríamos xixi nas esquinas, não confundiríamos o público e o privado, gastando dos cofres da Nação como se tirássemos da gaveta de nossa casa. Quando deputados e senadores pagam contas particulares com jatinhos, telefones celulares para filhos passear em outros países, e contratasm secretários e diretores fantasmas com o dinheiro do Congresso Nacional, eles estão dando prova de sua deseducação, além de serem agentes corruptos. Se fossemos educados não sonegaríamos impostos. Assinaríamos a carteira de nossos empregados cumprindo todas as obrigações trabalhistas. Se fossemos educados não estacionaríamos nas calçadas e em frente à garagem alheia, não dirigiríamos bêbados causando tantos acidentes de veículos nas vias públicas e até em cima das calçadas. Se fôssemos educados não dávamos carteiradas. Se fôssemos educados não aceitaríamos os juros mais altos do mundo, e enquanto dirigentes não cobraríamos juros tão altos.
Como os governantes refletem as características da sociedade a que pertencem, Prefeitos, Vereadores, Deputados, Senadores, Governadores e Presidente da República, tirados que são do seio do povo, não podem ser muito diferentes de nós homens comuns, gente do povo. Por isso a dengue nos ataca impiedosamente, nós os deseducados. Cada ator social neste caso específico têm uma parcela da responsabilidade. Ninguém pode culpar ninguém. Cada doente contaminado pelo vírus da dengue que sofre com os sintomas da doença, mas também aqueles que morrem são da nossa responsabilidade, de todos governantes e governados. Não podemos adiar no Brasil pelo menos duas coisas: o combate a dengue e uma educação que interfira nos nossos traços culturais de modo cirúrgico para que nossas escolas, nos seus currículos e nossos professores ensinem a nossas crianças, mas também aos adultos que levar vantagem em tudo é uma ilusão de lucro fácil. Quando a conta e feita, no final, não há lucro, mas prejuízo. E em relação a tanto sofrimento recente, não há duvida nenhuma - Todos nós somos iguais perante a dengue.

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