A DOENÇA DEIXOU DE SER UM PROBLEMA DO
GOVERNO MUNICIPAL A MUITO TEMPO
Kayo Cerqueira*
Não há duvida de que a briga entre partidos é responsável por boa parte das injúrias cometidas pela administração pública à população. Somando-se a isso a incompetência, o descaso e um mosquito que pode se reproduzir com grande facilidade tem-se um grande problema social.
A epidemia de dengue em Itabuna pode ser fruto desta junção de fatores negativos. Há muita especulação quanto a origem desse problema e todos querem encontrar um “bode expiatório” para colocar a culpa. O fato é que a situação está caótica e sem vista para acabar. Cada vez mais o problema se alastra e o município se vê impotente diante da ameaça do Aedes aegypti.
Os dados são realmente alarmantes. Em apenas dois meses de gestão o governo de Capitão Azevedo já registra quase 2.000 (dois mil) casos de suspeita de dengue – 1.200 segundo ele – e uma morte confirmada e três prováveis por dengue hemorrágica, a forma agravada da doença. O prefeito já decretou estado de emergência a fim de conseguir sensibilizar o governo do estado e angariar mais recursos para auxílio no controle da epidemia. No entanto, esses dados epidemiológicos só foram confirmados pelo secretário de saúde do município, Dr. Antônio Vieira, após o carnaval e pode se observar que o problema poderia ser percebido e combatido a muito tempo, pois se trata de algo que vem se estruturando desde a ultima gestão.
Agora, o que resta é uma questão organizacional, onde se privilegie as ações de caráter urgente. Entre elas concorrem, a estruturação de unidades de saúdes que possam de fato atender os pacientes com casos de suspeita de dengue, a aplicação do veneno que mate os mosquitos e a eliminação dos ambientes que possam servir de criadouros para as larvas do mosquito. A politicagem, característica inerente a política nacional do Brasil e bem marcante na região Sul da Bahia, deve ser deixada de lado e toda máquina administrativa deve se voltar para o interesse do povo que neste momento é se livrar dessa epidemia o quanto antes e ter condições básicas de atendimento dos cidadãos já afetados pela doença.
O governo do estado aparentemente já abraçou a causa e começou a disponibilizar alguns serviços ao município de Itabuna. A Sesab já garantiu seis carros para aplicação do fumacê, sendo que um deles ficará de reserva. Além disso, segundo Antônio Vieira, o estado já liberou verba para ações preventivas e equipamentos para exames de diagnóstico. A população, também, está atendendo aos apelos da prefeitura municipal e já começa a se mobilizar para lutar contra a dengue. Nesta semana cerca de 300 pessoas, entre policiais militares, bombeiros, agentes de saúde e voluntários se reuniram para fazer um mutirão no bairro Santo Antônio, um dos locais mais afetados pelo mosquito, em busca de focos do mosquito e distribuindo folhetos educativos.
O problema deixou de ser interesse político da administração municipal a muito tempo e passou a ser uma responsabilidade de todos, tanto governo estadual, como governo municipal e principalmente população civil. Os casos da doença somente nos meses de Janeiro e Fevereiro desse ano já ultrapassou os índices de todo o ano de 2008. Se não houver mobilização, os incidentes vão continuar crescendo e a dengue pode se tornar um infortúnio ainda maior.
*Colaborador
A epidemia de dengue em Itabuna pode ser fruto desta junção de fatores negativos. Há muita especulação quanto a origem desse problema e todos querem encontrar um “bode expiatório” para colocar a culpa. O fato é que a situação está caótica e sem vista para acabar. Cada vez mais o problema se alastra e o município se vê impotente diante da ameaça do Aedes aegypti.
Os dados são realmente alarmantes. Em apenas dois meses de gestão o governo de Capitão Azevedo já registra quase 2.000 (dois mil) casos de suspeita de dengue – 1.200 segundo ele – e uma morte confirmada e três prováveis por dengue hemorrágica, a forma agravada da doença. O prefeito já decretou estado de emergência a fim de conseguir sensibilizar o governo do estado e angariar mais recursos para auxílio no controle da epidemia. No entanto, esses dados epidemiológicos só foram confirmados pelo secretário de saúde do município, Dr. Antônio Vieira, após o carnaval e pode se observar que o problema poderia ser percebido e combatido a muito tempo, pois se trata de algo que vem se estruturando desde a ultima gestão.
Agora, o que resta é uma questão organizacional, onde se privilegie as ações de caráter urgente. Entre elas concorrem, a estruturação de unidades de saúdes que possam de fato atender os pacientes com casos de suspeita de dengue, a aplicação do veneno que mate os mosquitos e a eliminação dos ambientes que possam servir de criadouros para as larvas do mosquito. A politicagem, característica inerente a política nacional do Brasil e bem marcante na região Sul da Bahia, deve ser deixada de lado e toda máquina administrativa deve se voltar para o interesse do povo que neste momento é se livrar dessa epidemia o quanto antes e ter condições básicas de atendimento dos cidadãos já afetados pela doença.
O governo do estado aparentemente já abraçou a causa e começou a disponibilizar alguns serviços ao município de Itabuna. A Sesab já garantiu seis carros para aplicação do fumacê, sendo que um deles ficará de reserva. Além disso, segundo Antônio Vieira, o estado já liberou verba para ações preventivas e equipamentos para exames de diagnóstico. A população, também, está atendendo aos apelos da prefeitura municipal e já começa a se mobilizar para lutar contra a dengue. Nesta semana cerca de 300 pessoas, entre policiais militares, bombeiros, agentes de saúde e voluntários se reuniram para fazer um mutirão no bairro Santo Antônio, um dos locais mais afetados pelo mosquito, em busca de focos do mosquito e distribuindo folhetos educativos.
O problema deixou de ser interesse político da administração municipal a muito tempo e passou a ser uma responsabilidade de todos, tanto governo estadual, como governo municipal e principalmente população civil. Os casos da doença somente nos meses de Janeiro e Fevereiro desse ano já ultrapassou os índices de todo o ano de 2008. Se não houver mobilização, os incidentes vão continuar crescendo e a dengue pode se tornar um infortúnio ainda maior.
*Colaborador
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