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segunda-feira, 9 de março de 2009

EM FEVEREIRO NO BRASIL

Álvaro L. S. de Jesus

Será que a nossa Democracia funciona? Só quando a imprensa pode denunciar livremente e quando a pressão popular consegue mudar fatos com velocidade de relâmpago, como no caso Maracajá e Edmar é por que estamos vivendo a ante-véspera da revolução ética por que o país precisa passar. No entanto, ainda ocorrem Programas eleitoreiros camuflados de Sociais, que na verdade podem ser entendidos como moeda para compra de votos com o dinheiro público. Veja o lançamento de candidatura situacionista camuflada de encontro de prefeitos, acontecimento que traça o perfil e revela a verdadeira face de alguns políticos dessa república de poucos donos. Pois é, enquanto a camaradagem for o único permeador do diálogo político em detrimento da postura ética e da aplicação técnica dos atores sociais, o Brasil é o que um ex-Presidente Frances, de Gaule, disse: “não é um país sério” e que eu acrescento agora: é um projeto de País, ainda na idade da pedra em se tratando de democracia, que alguns setores da vida política que ainda perde tempo em aplaudir Hugo Chaves, um ditador instalado no poder, vivendo nas entranhas do continente e alastrando sua praga aos vizinhos.
Fatos relevantes aconteceram no mês do carnaval, fevereiro de 2009: primeiro um cacique do DEM foi publicamente denunciado com o conhecido escândalo do castelo, o Deputado Mineiro Edmar; o Governador de Minas, Aécio Neves, Governador de Minas Gerais, deixa de ser o come quieto e admite publicamente a possibilidade de sua candidatura a Presidência em 2009. Lula e Dilma foram questionados na justiça sobre os gastos do encontro dos prefeitos em Brasília, e por aí a fora. No entanto, o que mais balançou a República foi a entrevista concedida a Revista Veja por um eminente líder nordestino, ex Governador de Pernambuco e ex-prefeito de Recife, que o semanário publicou no seu espaço mais nobre, as paginas amarelas, na edição de 18 de fevereiro. Os colunistas do Jornal A Tarde, Samuel Celestino e Dora Kremer analisam o que disse Jarbas no que chamam de “a metralha de Jarbas” e “verdade inconveniente” referências feitas ao Senador Pernambucano, do PMDB.
A resposta de Lula a todos esses fatos e todos os episódios deploráveis da vida política no Brasil nos últimos cinco anos pode ser resumido em duas assertivas básicas: “não vi, não sei”. Para elencar apenas alguns escândalos, me lembro do mensalão, dos vampiros, do dólar na cueca, dos cartões corporativos, da morte de Sergio Daniel, do Landehover de Silvio Pereira. Um bom exercício de inteligência é tentar caracterizar o que seria um presidente conivente, ausente, corrupto, incompetente e enqquadrar aí segundo o juízo de cada um, o nosso atual maior mandatário. O deputado Roberto Jeferson insinua que Lula sabia do mensalão. O Senador Jarbas Vasconcelos não poupou o presidente atual na sua entrevista bombástica concedida a revista Veja na edição e 18 de fevereiro. Dentre outras rajadas da metralhadora do Senador, esta é mortal: “O marketing de Lula mexe com o país. Ele optou pelo assistencialismo, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos no mundo”
O entorno de Lula já desmoronou há muito tempo. Foram expulsos de campo: José Dirceu, Antonio Palocce, José Genuíno, Silvio Pereira, Luis Gushiken... Lula já chamou seus colaboradores mais próximos de “aloprados”, identificou na Câmara dos Deputados muitos “picaretas”, já mandou um membro de uma alta corte da justiça se calar. Mas agora apóiam Lula: Renan Calheiros, Jader Barbalho, Sarney e a patota do Maranhão, mas também os ressuscitados Paloci, Dirceu, Genuíno. A lista é muito grande para nominar.
O Senador pernambucano prossegue, em sua entrevista a Veja, com mais um petardo: “Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética”. E agora, quem vai mandar o Senador Jarbas fechar a boca? O rei Juan Carlos da Espanha trocaria o seu “por que não te calas” em reprimenda a Hugo Chaves, por um por que te calou por tanto tempo, Jarbas?

*Colaborador

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