Prefeitura
promove ação judicial para que empresa indenize prejuízos na construção do Shopping Popular
A Procuradoria Geral do Município está no aguardo de uma decisão
judicial para que a empresa que construiu o Shopping Popular em Itabuna
indenize o município e também para a demolição total da obra inacabada. O
projeto estava em fase de conclusão, mas um laudo técnico aponta diversos
problemas estruturais detectados inicialmente pelo Corpo de Bombeiro, em 2016
e, posteriormente, por uma comissão formada por engenheiros, que concluiu pela
inviabilidade da continuação da obra com recomendação da demolição do prédio.
O
procurador geral do município, Luiz Fernando Guarnieri, informou que após o
laudo oficial da comissão, o município notificou o Ministério Público do Estado
e entrou com uma ação judicial contra a empresa responsável pela execução da
obra orçada em cerca de R$ 2 milhões e que deveria ter sido inaugurado há dois
anos, conforme lembra o procurador. “A obra foi iniciada sem ter ao menos
um alvará da prefeitura”, afirmou o
procurador.
De acordo com o relatório final da
comissão formada pelo secretário de Desenvolvimento urbano de Itabuna, Patrick
Monteiro, pelos engenheiros Kleber Marcelo Braz, representante da Sociedade
Brasileira de Engenheiros Civis e João Zulato Filho, da Sedur, os pilares e
vigas estavam muito abaixo do mínimo projetado para o tipo de estrutura que
deveria sustentar o prédio.
Ainda segundo o laudo, todas as vigas do
último pavimento estavam condenadas, pois apresentaram níveis baixos de
resistência com risco de colapso, por isso a recomendação para remoção das
estruturas para evitar possível acidente. A parte comprometida já foi demolida.
“Houve falha do projeto estrutural e erros na execução da obra, entre os quais,
as viga do piso e pilares estavam foram do
alinhamento, o que poderia causar abalo na estrutura quando da ocupação
do prédio pelos comerciantes”.
A construção do Shopping Popular foi
iniciada em 2014 na gestão do então prefeito Claudevane Leite. Mas em novembro
de 2016, parte da construção desabou. 0utro problema é que o ex-prefeito já
tinha pago 100% da obra contratada, mesmo
sem a empresa ter concluído o trabalho e com a obra apresentando
problemas estruturais.
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