Senado discute
reforma política na terça-feira
O presidente do Senado, Renan Calheiros,
convocou sessão temática para a próxima terça-feira (24), às 10h, para discutir
a reforma política. A iniciativa integra agenda de trabalho para as próximas
semanas apresentada no início de fevereiro.
Renan já adiantou que serão realizadas
outras sessões temáticas neste semestre, para debater assuntos como segurança
pública e as crises hídrica e elétrica.
Além do debate sobre reforma política
nesta terça, Renan anunciou que propostas que mudam as regras eleitorais
começarão a ser votadas em março. São pelo menos dez proposições que estão
prontas para entrar na ordem do dia:
PEC 40/2011: Permite coligações
partidárias somente em eleições majoritárias (presidente, governador, senador e
prefeito), vedando-as para disputas de deputados federais e estaduais e
vereadores.
PEC 38/2011: Trata da data de posse e
duração de mandato. Propõe posse do presidente em 15 de janeiro e de governador
e prefeito, em 10 de janeiro. Recebeu emenda para unificar posse de deputados
estaduais e distritais em 1º de fevereiro, já aprovada na CCJ. Previa ainda
mandato de cinco anos para presidente, governador e prefeito, mas essa parte
foi rejeitada.
PEC 73/2011 e PEC 48/2012: Exigem
desincompatibilização do presidente, governador e prefeito que queiram se
reeleger. A PEC 73/2011 determina que o candidato à reeleição deve renunciar ao
mandato até seis meses antes do pleito. A PEC 48/2012 exige a licença a partir
do primeiro dia útil após a homologação da candidatura, conforme emenda
aprovada na CCJ (o texto original dizia “nos quatro meses anteriores ao
pleito”).
PEC 55/2012: Institui o voto
facultativo. A proposta foi rejeitada na CCJ. Está em Plenário para primeira
sessão de discussão, em primeiro turno.
PEC 58/2013: Estabelece como critérios
para criação de partidos o apoiamento de eleitores correspondentes a pelo menos
3,5% do eleitorado nacional em 18 estados, ao menos um estado em cada região,
com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (o texto original previa
1% do eleitorado nacional, percentual modificado na CCJ).
PLS 60/2012: Veda doações de pessoas
jurídicas a campanhas eleitorais. A matéria foi aprovada na CCJ e aguarda
inclusão na ordem do dia.
PLS 601/2011: Obriga candidatos,
partidos e coligações a divulgar na internet relatórios periódicos referentes
aos recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral. Foi aprovada na CCJ e
aguarda inclusão na ordem do dia.
PLS 268/2011: Institui o financiamento
público exclusivo das campanhas eleitorais. Tramita em conjunto com PLS
373/2008, que trata de doações a campanhas feitas por meio de cartões de
pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na CCJ e o segundo
foi considerado prejudicado. As matérias aguardam inclusão na ordem do dia do
Plenário.
PLS 295/2011: Eleva o percentual de
vagas para mulheres nas eleições proporcionais. Aprovado na CCJ, o projeto
aguarda inclusão na ordem do dia.
Vetos
Ainda na terça-feira, às 19h, será
realizada sessão do Congresso Nacional para exame de quatro vetos
presidenciais, que passam a trancar a pauta a partir do fim do mês e precisam
ser apreciados para permitir a votação do Orçamento da União de 2015.
Estarão em exame os vetos 31/2014,
apresentado ao PLC 150/2009, que dispõe sobre a jornada de trabalho do
psicólogo; 32/2014, apresentado ao PLC 99/2013 — Complementar, que altera a Lei
de Responsabilidade Fiscal; 33/2014, aplicado ao PLS 47/2008, que destina para
o transporte escolar das prefeituras veículos de transporte coletivo
apreendidos, por terem ingressado irregularmente no país; e o 34/2014, aposto
ao PLS 161/2009, que reduz a contribuição previdenciária para patrões e
empregados domésticos.
Na mesma reunião do Congresso, estará em
análise o PRN 1/2015, que altera as regras para análise de vetos presidenciais.
O texto institui “cédulas eletrônicas” para o exame de vetos e trata, entre
outras medidas, das regras para apresentação de destaques — pedidos de
parlamentares para que partes específicas dos vetos sejam votadas
separadamente.
Fonte: Agência Senado
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