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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Escola Parque ganhará ‘Visitas Guiadas’

Escola Parque ganhará ‘Visitas Guiadas’
Ícone da educação no Brasil, por ser uma das iniciativas mais inovadoras da América Latina quando foi criada na década de 1950, a Escola Parque, em Salvador, nomeada de Complexo Educacional Carneiro Ribeiro, administrado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), ganhará até setembro (2013) um projeto de visitação dirigida gratuita.
Com isso, professores, estudantes, pesquisadores e demais visitantes agendarão visitas para conhecer in loco a arquitetura, a história e as obras de arte que compõem o complexo idealizado pelo educador baiano, consultor da UNESCO e um dos fundadores da Universidade de Brasília, Anísio Teixeira (1900-1971). A unidade de ensino é considerada modelo de modernização e de educação integrada com foco nas matérias fundamentais, no acesso às artes, na sustentabilidade e na integração com a natureza.
Para entender melhor o conceito de visitas guiadas, professores da Escola Parque participaram nesta semana do projeto `Visitas Guiadas ao Palácio Rio Branco´, oferecido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), em parceria com a Fundação Pedro Calmon,  ambas, instituições da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA). A iniciativa faz parte do projeto de educação patrimonial do IPAC e conta com a parceria da SEC, graças a um convênio que prevê ações transversais entre as duas secretarias.
PATRIMÔNIO CULTURAL – Além de ter painéis e murais de grandes artistas do modernismo brasileiro nas artes plásticas, a Escola Parque teve suas edificações especialmente projetadas pelo renomado arquiteto e urbanista baiano Diógenes Rebouças. Foi ele que projetou a Avenida Contorno, o Hotel da Bahia, o antigo estádio da Fonte Nova (e dezenas de outras edificações em Salvador) e planos urbanísticos de avenidas nos vales da cidade. O complexo de prédios da Escola Parque é tombado, via IPAC, como Patrimônio Cultural da Bahia desde 1981.
Durante a visita ao Rio Branco, mediada pelo museólogo e coordenador do Memorial dos Governadores, Eduardo Fróes, os professores conheceram os ambientes do palácio, com informações sobre arquitetura, estilos e história.  “Contextualizamos a edificação com o processo de fundação da cidade, a chegada de Tomé de Souza, passando por vários acontecimentos políticos relevantes”, afirma Fróes.
Professores que já conheciam o Rio Branco experimentaram novo exercício didático, com novos conceitos e informações. “Tive explicações específicas, às quais não tinha acesso antes. Assim, pudemos ter ideia de como o projeto visitas guiadas será na Escola Parque”, diz a professora Maria Augusta Silva.
RESTAURAÇÕES – O projeto teve início em 2010, a partir de solicitação do governador Jaques Wagner durante vistorias técnicas a obras de restauração que o IPAC fazia no Centro Antigo de Salvador. “Criamos o ‘Projeto Visitas Guiadas’, por solicitação do governador para que estudantes, professores, pesquisadores e visitantes em geral, mesmo durante as obras e depois de inauguradas tivessem acesso direto à riqueza que envolve intervenções em edificações de 200, 300 e até 400 anos”, explica a chefe da Assessoria Técnica do IPAC, Margarete Abud, que então respondia pela ação.
Arquitetos especializados do IPAC serviram de guias às restaurações das igrejas do Boqueirão, Pilar e Rosário dos Pretos, à Casa das Sete Mortes, e ao Palácio Rio Branco, hoje, obras já finalizadas. Atualmente, o projeto está concentrado no Rio Branco, que foi a primeira casa governamental do Brasil. Para guiar as visitas neste local, foram treinados dois mediadores que atendem os turnos matutino e vespertino.

Qualquer grupo interessado pode marcar visitas ao Rio Branco. O mínimo são de 10 e o máximo de 30 pessoas. A agenda funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 9h às 13h. A visita é gratuita e inclui todos os espaços do palácio. O agendamento pode ser feito no próprio local, pelo telefone (71) 3116-6928 ou ainda pelo e-mail: museologia.fpc@gmail.com.

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