MAIS UMA
TENTATIVA DE SUICÍDIO DE POLICIAL FEDERAL
"A mentira e a omissão nos mata aos
poucos, mas a verdade nos dá o tiro de misericórdia".
- Bryan Carvalho
É com essa reflexão que os Policiais
Federais do Brasil acordam e recebem mais uma triste notícia. Outro Policial
Federal tentou suicídio.
A omissão dos responsáveis por dirigir o
Departamento de Polícia Federal mata cada dia mais. E há quem se isente da
responsabilidade das mortes.
É demasiadamente torpe que aqueles que
se denominam "dirigentes" se mantenham omissos diante de suicídios
constantes por parte dos policiais federais. Aquele que pode e deve agir diante
de determinada situação, e não o faz, torna-se cúmplice. Omissão e cumplicidade
são dois fatores que andam lado a lado.
Não obstante, a incompetência e omissão
dos falsos gestores faz com que esses mesmos "gestores" manchem as
próprias mais de sangue. Sangue do colega de trabalho. Sangue de um pai de
família.
Mas tão violento quanto os homicídios, é
o assassinato de sonhos. Assassinato de projetos, assassinato de carreira. Tão
violenta quanto dar um tiro na própria boca, é a omissão daqueles que se auto
intitulam superiores. Daqueles que, em meio a crise na Polícia Federal,
discutem títulos de excelência e vagas de garagem.
Chega de ver o sangue de colegas nas
mãos de quem fecha os olhos para as suas mortes. Chega de suicídios por falta
de atendimento psicológico. Chega de omissão daqueles que se dizem gestores.
A omissão certamente é o primeiro
sintoma de uma pessoa que se torna fraca. E a omissão diante da morte de
colegas de trabalho, não se configura como simples omissão, mas também, como um
crime praticado contra si.
Cercear a reestruturação da Polícia
Federal a apenas questões salariais, é aviltar de forma ignominiosa o desejo
dos policiais federais. A reestruturação não é só sobre salários. É sobre ter o
direito de sonhar, de projetar. É para que pais de família não tirem a própria
vida.
Que a esperança permaneça dentro de nós.
Que possamos ter o direito de sonhar.
Matéria
enviada pelo SINDIPOL/ILHÉUS
Nenhum comentário:
Postar um comentário