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terça-feira, 24 de junho de 2014

MAIS UMA TENTATIVA DE SUICÍDIO DE POLICIAL FEDERAL

MAIS UMA TENTATIVA DE SUICÍDIO DE POLICIAL FEDERAL

"A mentira e a omissão nos mata aos poucos, mas a verdade nos dá o tiro de misericórdia".
- Bryan Carvalho
É com essa reflexão que os Policiais Federais do Brasil acordam e recebem mais uma triste notícia. Outro Policial Federal tentou suicídio.
A omissão dos responsáveis por dirigir o Departamento de Polícia Federal mata cada dia mais. E há quem se isente da responsabilidade das mortes.
É demasiadamente torpe que aqueles que se denominam "dirigentes" se mantenham omissos diante de suicídios constantes por parte dos policiais federais. Aquele que pode e deve agir diante de determinada situação, e não o faz, torna-se cúmplice. Omissão e cumplicidade são dois fatores que andam lado a lado.
Não obstante, a incompetência e omissão dos falsos gestores faz com que esses mesmos "gestores" manchem as próprias mais de sangue. Sangue do colega de trabalho. Sangue de um pai de família.
Mas tão violento quanto os homicídios, é o assassinato de sonhos. Assassinato de projetos, assassinato de carreira. Tão violenta quanto dar um tiro na própria boca, é a omissão daqueles que se auto intitulam superiores. Daqueles que, em meio a crise na Polícia Federal, discutem títulos de excelência e vagas de garagem.
Chega de ver o sangue de colegas nas mãos de quem fecha os olhos para as suas mortes. Chega de suicídios por falta de atendimento psicológico. Chega de omissão daqueles que se dizem gestores.
A omissão certamente é o primeiro sintoma de uma pessoa que se torna fraca. E a omissão diante da morte de colegas de trabalho, não se configura como simples omissão, mas também, como um crime praticado contra si.
Cercear a reestruturação da Polícia Federal a apenas questões salariais, é aviltar de forma ignominiosa o desejo dos policiais federais. A reestruturação não é só sobre salários. É sobre ter o direito de sonhar, de projetar. É para que pais de família não tirem a própria vida.
Que a esperança permaneça dentro de nós. Que possamos ter o direito de sonhar.

Matéria enviada pelo SINDIPOL/ILHÉUS

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