REPRESA ITAPÉ: PRODUTORES PREJUDICADOS!
A
Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (Adasb) fez alerta para a
situação de produtores rurais e famílias afetadas pela inundação da Barragem do
Colônia, em Itapé, no sul da Bahia. Com a formação da lâmina d´água após as
chuvas do final do ano passado, segundo o presidente da Adasb, Beto Dantas,
moradores daquela região e produtores têm passado por transtornos,
principalmente nas propriedades situadas às margens do Rio Colônia.
A
margem esquerda do rio conta com um ramal de acesso que tem a obra dada como
concluída, mas que possui uma série de agravantes, segundo o dirigente da
Adasb. Já a margem direita, ainda não foram iniciadas as obras dos ramais de
acesso e hoje deixa em torno de 25 propriedades rurais ilhadas pela formação da
Barragem Rio Colônia.
“Nossa
região é uma das mais importantes do Estado como produtora de carne e leite. A
maioria dos ramais construídos e em construção não possuem os padrões
requeridos para o transporte da produção em qualquer época do ano, o que faz
necessitar de correções”, destaca o presidente da Adasb.
De
acordo com ele, além dos prejuízos econômicos – inviabilidade do escoamento da
produção, principalmente de leite, pelo fato do acesso a algumas fazendas está
sendo feito a barco, e dificuldade de venda do gado por conta da necessidade de
travessia a nado dos animais – também existe o agravante de cunho social.
“Este
agravante, que envolve a questão humana, é muito sério. Dezenas de famílias que
vivem na margem direita do Rio estão isoladas, inclusive crianças, sem ter
acesso a transporte público, pois a única linha existente foi extinta
(Itabuna-Itaju, via Itapé), a escola e a médico”, denuncia o presidente da
Adasb, ressaltando que os proprietários rurais que estão sendo prejudicados
aguardam uma providência o mais rápido possível das autoridades competentes.
O
produtor rural João Francisco de Oliveira Nunes lembra que a promessa do
Governo do Estado era de que ninguém seria prejudicado. “Se a promessa é de que
ninguém ficaria prejudicado pela obra da barragem, certamente que ainda há
muito a ser feito”.
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