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quinta-feira, 16 de abril de 2015

PL 4330 da Terceirização sem Limites: Discussão política começa a voltar aos eixos

PL 4330 da Terceirização sem Limites: Discussão política começa a voltar aos eixos

Por Jorge Barbosa*

A dura derrota imposta aos trabalhadores durante a votação do Projeto de Lei – PL 4330 -, revela claramente a composição conservadora da Câmara dos Deputados onde a maioria assumem a postura de agentes do capital contra o trabalho.
Os únicos partidos que fecharam questão contra o projeto da precarização do trabalho via terceirização foram PCdoB, PT e PSOL. O placar foi devastador: 324 a favor e  137 contra. Dos 137 setenta e oito votos vieram dos três partidos de esquerda  e apenas 59 dos demais.
Desde o final do ano, diante das dificuldades econômicas provenientes da longa crise mundial do capitalismo iniciada em 2008, o governo Dilma vem buscando a execução de um ajuste fiscal, impondo inclusive de maneira contraditória perdas a classe trabalhadora através das Medidas Provisórias 664 e 665 que dificultam o acesso a direitos previdenciários e assistenciais. O ajuste não propõe a taxação de grandes fortunas, nem mesmo a devida tributação de bens de luxo, a exemplo de lanchas, iates e helicópteros. Tal atitude tem gerado grande confusão na população e especialmente na classe trabalhadora.
A mídia e a direita têm se aproveitado da difícil situação econômica e política, além dos erros  de articulação política cometidos pelo governo para desestabilizar o país, impondo uma pauta conservadora no Congresso  com ataques aos direitos dos trabalhadores, à Petrobrás, ao pré-sal e até mesmo aos direitos humanos, como é o caso do projeto que reduz a maioridade penal.
O que a mídia não explica é que as dificuldades por que passa a economia com o desequilíbrio nas contas do governo é proveniente das medidas anticíclicas adotadas desde 2008 para salvaguardar o Brasil e os brasileiros da recessão, do arrocho salarial e do desemprego, consequências que estão vivendo os países que adotaram o receituário ortodoxo  que dispõe de cortes de  investimentos e despesas públicas  e provocam a recessão.
A classe média beneficiou-se extremamente das medidas econômicas do governo, como a  oferta do crédito por parte dos bancos públicos, sem falar no PAC e no incremento do mercado imobiliário.  Muita gente que estava quebrada  hoje é empresário da construção civil. Tantos outros corretores de imóveis, comerciantes e empreendedores em diversos ramos. Só que diante da súbita mudança de vida e de preconceito de classe, não enxergam a realidade e estão sendo ganhos por propostas atrasadas, preconceituosas, fundamentalistas, entreguistas e golpistas.
Espero que a partir de agora com o choque de realidade que foi a votação do PL 4330, o verdadeiro debate político seja restabelecido e a verdadeira ordem das coisas volte a normalidade, onde a direita e seus partidos (PSDB, DEM, PTB, PPS, PV, PR, PSD, PROS) entre outros defendem os interesses do capital, dos ricos e poderosos e que a esquerda  (PCdoB, PT, PSOL) luta pela  valorização do trabalho, desenvolvimento econômico, democracia e soberania nacional.

*Jorge Barbosa é presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região

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