Idosos poderão
ter 6% de unidades habitacionais de programas do governo
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
aprovou nesta quarta-feira (24), em turno suplementar, substitutivo ao Projeto
de Lei da Câmara (PLC) 52/2011, que destina aos idosos a cota de 6% das
unidades habitacionais de programas governamentais de moradia. Desse total,
pelo menos 3% devem ser destinados aos idosos de baixa renda.
Atualmente, o Estatuto do Idoso (Lei
10.741/2003) prevê reserva de 3% das habitações para idosos, sem especificar
idade ou renda mínima. O texto da Câmara manteve o percentual, mas determinou a
idade mínima, 60 anos, e a faixa de renda, de até três salários mínimos de rendimento
familiar mensal. No texto aprovado pela CAS, o percentual foi ampliado, por
sugestão do senador Paulo Paim (PT-RS), acatada pelo relator na CAS, senador
Marcelo Crivella (PRB-RJ).
O substitutivo garante a reserva de
residências em todos os programas habitacionais públicos ou subsidiados com
recursos públicos, e não apenas nas obras financiadas com recursos do Orçamento
Geral da União, como propunha o projeto original. E foi garantida a prioridade
na ocupação do pavimento térreo dos edifícios habitacionais, para amenizar as
dificuldades de locomoção comumente encontradas nessa faixa etária.
— Em um milhão de residências
construídas, deixamos 60 mil com prioridade, isso se houver procura —
esclareceu Crivella.
Vários senadores elogiaram a iniciativa,
de autoria da deputada Iris de Araujo. Para Marta Suplicy (sem partido-SP), a
proposta é oportuna, pois com o envelhecimento da população, muitos idosos
moram sozinhos e não conseguem se manter com as baixas aposentadorias e
aluguéis altos. Muitas vezes eles não têm famílias que os acudam, ou que
simplesmente queiram acolhê-los, por isso, garantia de moradia é primordial. E
a demanda é alta, frisou ainda.
Já Lucia Vânia (sem partido-GO) lembrou
que a melhor forma de garantir os preceitos estabelecidos no Estatuto do Idoso,
integrá-lo à sociedade sem isolá-lo em abrigos, é proporcionar um local de
moradia, onde possa ocorrer essa integração e o convívio com jovens, crianças e
outros atores da sociedade. Ela elogiou a política pública e a autora do
projeto.
Fonte: Agência Senado
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