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segunda-feira, 24 de maio de 2021

Ansiedade infantil: saiba como evitar e entenda o papel da internet

 Ansiedade infantil: saiba como evitar e entenda o papel da internet

   Saiba como a tecnologia e a internet podem ser prejudiciais para os pequenos, provocando quadros de angústia e ansiedade infantil. Confira o artigo!
   Um novo termo entrou no vocabulário das famílias: tempo de tela. A internet e seus inúmeros recursos são tão comuns no cotidiano dos pequenos que é preciso criar uma referência para monitorar seu uso e evitar males como a ansiedade infantil.
   Assim como o controle do tempo de uso, é igualmente fundamental estar atento à qualidade do conteúdo que é acessado. O excesso de exposição a estímulos visuais e o acesso a materiais de teor inadequado para a faixa etária da criança podem se tornar o estopim do comportamento ansioso.
   Continue a leitura para saber o que é ansiedade infantil, como identificá-la, quais as principais causas e quando recorrer a um especialista. Além disso, oferecemos algumas dicas para fazer com que as crianças utilizem a internet de uma forma mais sadia. Vamos lá?

O que é ansiedade infantil?
   Para nós, seres humanos, a ansiedade é uma emoção natural e necessária. Ela funciona como uma espécie de sinal de alerta que o organismo emite para nos proteger de perigos e danos. Todo mundo já a experimentou em algum momento da vida e ela foi, inclusive, útil em muitos deles.
   Com os pequenos não é diferente, pelo contrário, eles costumam sentir a ansiedade com mais frequência que os adultos, uma vez que essa fase é marcada por uma série de aprendizados e eles precisam lidar constantemente com situações novas e desconhecidas.
   Os medos e as inquietudes fazem, portanto, parte da infância. O problema está em quando os episódios de ansiedade se tornam rotineiros e paralisam a criança, impedindo-a de executar tarefas básicas do cotidiano.
   Esse quadro mais agudo é caracterizado, por especialistas, como um distúrbio patológico. Os transtornos de ansiedade são considerados o problema de saúde mental mais recorrente em crianças e adolescentes. Por essa razão, não podem ser negligenciados.

Quais são as principais causas?
   Há algumas situações vivenciadas em comum por crianças ansiosas que podem ser consideradas causas para o desenvolvimento do transtorno, entre as quais destacam-se: separação ou brigas constantes entre os pais; mudança de escola ou cidade; morte de algum ente querido; excesso de atividades (e, consequentemente, de responsabilidades).
   No entanto, há um fator que tem contribuído muito para o aumento do número de casos de ansiedade infantil: o uso da internet em demasia. A geração de hoje, também chamada geração Z, carrega como traço distintivo o fato de ter nascido após o advento da internet, o que significa que as crianças cresceram cercadas por dispositivos eletrônicos e redes sociais.
   Você pode, agora, estar se questionando por que essa realidade é considerada algo ruim, visto que o advento da internet produziu uma série de benefícios para nossas vidas. É verdade, mas a dependência da tecnologia também pode ser responsável por alguns malefícios que afetam, até mesmo, os pequenos, tais como os transtornos de ansiedade, o estresse e a depressão.
   O uso da internet costuma deixar as crianças mais ansiosas pelo excesso de estímulos e informações que não permitem que o cérebro descanse devidamente. Além disso, os celulares geram uma dependência real, ou seja, seus efeitos físicos e psicológicos são comparáveis a qualquer outro tipo de vício.
   É importante destacar também que o anonimato possibilitado pelas redes sociais pode tornar a comunicação mais cruel e violenta. O cyberbullying ou os famosos haters são exemplos disso. Ser alvo de agressões virtuais é motivo de intenso sofrimento e angústia para a criança, o que pode provocar sérios danos ao seu desenvolvimento.

Como identificar uma criança ansiosa?
   Como já foi dito, a fase da infância é repleta de aprendizados, e apreender as tantas regras desse nosso mundo parece ser uma tarefa bastante assustadora, não é mesmo? O desconhecido, o que nunca foi tentado antes, gera um estado de tensão, e isso, até certo ponto, é natural.
   O que não é normal é quando os sinais da ansiedade atingem uma dimensão paralisante e incapacitante, isto é, quando prejudicam as funções do indivíduo e afetam a execução das atividades mais simples e corriqueiras.
   A observação de alguns sintomas pode auxiliar a identificação do transtorno. Um deles refere-se ao fato de que crianças ansiosas apresentam grande dificuldade de concentração, ou seja, de vivenciar o momento presente. Mais um sinal é a resistência dos pequenos em superar determinados marcos de cada fase do seu desenvolvimento, como o desfralde, largar a chupeta etc.
   Muitos medos e fobias, a necessidade de uma rotina extremamente rígida e de cumprir determinados rituais, a exigência com comidas e problemas para dormir são outros sintomas que podem facilitar a identificação do transtorno.
   No entanto, há reações específicas que indicam que a causa da ansiedade é decorrente do uso excessivo das tecnologias. Esses indícios podem ocorrer em crianças que, por alguma razão, se veem privadas da utilização de aparelhos eletrônicos ou que são influenciadas pelo juízo de valor que alguns conteúdos digitais provocam — como é o caso das redes sociais e as referências ao estilo de vida perfeito dos influenciadores mirins.

  Em casos assim, elas costumam vivenciar alterações de humor intensas, distorções de sua imagem, insônia e inquietação, o que, por consequência, desencadeia outros sintomas somáticos, como sudorese, dores de cabeça, taquicardia, náuseas e vertigens. Sendo assim, ao perceber qualquer mudança de comportamento da criança, recomenda-se procurar, o quanto antes, um especialista.

Qual a importância de consultar um profissional da saúde?
  Quadros de transtornos de ansiedade podem evoluir para uma depressão e afetar, de modo irreversível, o desenvolvimento da criança. Os pediatras e, em especial, os psicólogos infantis são profissionais especializados e, portanto, mais indicados para efetuar o diagnóstico e o tratamento desse tipo de problema.
   Ao avaliarem a recorrência dos episódios e a forma como eles se manifestam, podem identificar quais são as causas e, consequentemente, qual tipo de transtorno de ansiedade a criança apresenta.

Existe um tempo de uso de tela adequado para as crianças?
   De qualquer maneira, há formas de contribuir para a diminuição dos sintomas, seguindo algumas orientações gerais de organizações médicas reconhecidas.
   Lembrando que, mesmo com todos os filtros de segurança possíveis, conteúdos em excesso podem gerar episódios de ansiedade e de distorções da realidade para os pequenos. Por isso, além do monitoramento do conteúdo, é essencial determinar um tempo de uso de tela adequado para cada faixa etária.
   A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam que: crianças até 2 anos: não tenham contato com conteúdos em tela; crianças a partir de 2 e até 5 anos: no máximo 1 hora por dia e de forma fracionada; a partir dos 6 anos: no máximo 2 horas por dia, exceto para atividades escolares.

Como evitar os malefícios do uso da internet?
   Já sabemos como o mau uso da internet pode desenvolver ou mesmo acentuar sintomas preexistentes de ansiedade. Agora, cabe apresentarmos algumas dicas para os familiares sobre como contribuir para que as crianças se relacionem de maneira sadia com todas as tecnologias disponíveis. Conheça abaixo algumas delas!

Ter atenção em relação ao conteúdo
   Como já mencionado, além do tempo controlado, é essencial ficar atento para o conteúdo. Crianças até 6 anos, por exemplo, não conseguem separar facilmente a fantasia da realidade. Assim, conteúdos violentos banalizam situações graves e podem reforçar que a violência é o meio para o sucesso ou para a resolução de conflitos.

Determinar onde a criança pode usar a internet
   Muitas escolas já inseriram tecnologias e a internet como ferramentas de ensino. Considerando que esses usos são monitorados por educadores, isso é até muito positivo. No entanto, em casa, quem deve fazer esse acompanhamento é a família.
   Para a SBP, crianças menores de 10 anos não devem usar dispositivos eletrônicos, com ou sem acesso à internet, sozinhas em um quarto trancado, por exemplo. O ideal é que estejam em um ambiente onde possam ser monitoradas.
   Outro ponto é não permitir o uso em situações nas quais a criança pode ter a oportunidade de interagir com a família e outros pares, como em restaurantes, visita à casa de parentes, parques, clubes etc.

Estipular as regras para uso da internet
   Como já falamos também, existem alguns filtros que podem ser aplicados nos dispositivos eletrônicos para impedir o acesso a materiais inapropriados para crianças. Por outro lado, os combinados entre elas e a família também devem ser colocados à prova, pois cumpri-los por esforço próprio é um exercício para que elas não fiquem dependentes do uso.

Observar a faixa etária indicativa
   A internet não é uma vilã e pode sim ser utilizada para ajudar no desenvolvimento da criança. Afinal, existem filmes e atividades pedagógicas disponibilizados gratuitamente na rede. Crianças na fase de letramento, por exemplo, podem usar jogos silábicos com imagens, vídeos e sons que vão contribuir para seu aprendizado.

Apresentar disposição ao diálogo
   Sempre que houver algum tema ou situação que mereça esclarecimento, é importante conversar com a criança. A motivação para o diálogo pode ser tanto um conteúdo que chegou até ela e lhe despertou o interesse, como a manifestação de um comportamento ou de uma fala considerados estranhos.
   É comum que as crianças tentem ficar mais tempo em frente às telas do que o estabelecido, não é mesmo? Nesse caso, a conversa deve girar em torno da confiança e do controle que ela precisa ter em relação aos dispositivos.

Explicar os riscos da exposição em redes sociais
   Também é bastante relevante conversar com as crianças e adolescentes sobre os riscos que as redes sociais e os materiais da internet podem trazer. O acesso sem supervisão de um adulto responsável aos diferentes canais de comunicação pode significar o acesso de crianças a vídeos e mensagens inapropriados, compartilhados indiscriminadamente, sem qualquer curadoria ou filtro.
   Nesse caso, é preciso estabelecer, por exemplo, que conversar com estranhos é proibido ou que sugestões de brincadeiras e desafios podem ser perigosas. Essa é uma forma de conscientizar as crianças e, ao mesmo tempo, mostrar que a atenção da família está ativa e constante nos assuntos do momento.

Conversar sobre a diferença entre o mundo virtual e o real
   Outro fator que pode levar à ansiedade da criança, e até mesmo à depressão, é a prática de se comparar com imagens, personalidades e personagens da internet. Isso pode ser frustrante, diminuir a autoestima ou ainda mudar o comportamento de forma perigosa — como nos casos em que as meninas acreditam que precisam ser extremamente magras para serem consideradas bonitas.

Propor atividades físicas e socializantes
   O uso excessivo de dispositivos eletrônicos faz com que as crianças se fechem e deixem de socializar. Por isso, além de estabelecer um horário e situações apropriadas para seu uso, é importante propor atividades físicas, preferencialmente coletivas, que exercitem o corpo e a interação socioemocional.
   A internet é uma ferramenta que faz parte da realidade das crianças, portanto é preciso saber utilizá-la com sabedoria e equilíbrio. As redes sociais também estão inseridas nessa situação e exigem cuidado redobrado.
   Ao mesmo tempo em que servem para fortalecer conexões pessoais, as redes sociais funcionam como uma abertura para a vida íntima das crianças e podem vir a ser uma perigosa base para comparações com parâmetros irreais de felicidade, beleza e sucesso. Logo, tudo isso pode gerar ansiedade infantil.
Fonte: Escola da Inteligência
https://escoladainteligencia.com.br/blog/o-papel-da-internet-na-ansiedade-infantil/

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