Professores de
Itabuna mantém a greve e se preparam para recorrer da decisão do TRT
Aconteceu na tarde desta sexta, 24/07,
na USEMI, mais uma assembleia geral extraordinária do Sindicato do Magistério –
SIMPI e sua categoria de Professores municipais. O evento teve como principal
objetivo informar à classe os resultados extraoficiais obtidos na audiência de
julgamento do dissídio de greve que ocorreu ontem (23), no Tribunal Regional do
Trabalho – TRT 5ª Região, em Salvador.
De acordo com o Advogado do Sindicato,
Dr. Jessé Melo, os votos proferidos pelos desembargadores deverão ser relatados
e, posteriormente, publicados, para só assim terem eficácia. “A decisão
judicial só é válida após a publicação, fato que ainda não ocorreu”, afirma o
advogado. Ainda de acordo com o Departamento Jurídico da entidade, os votos que
determinaram a legalidade da greve contrariam a legislação que dispõe acerca
das atividades de caráter essencial, sendo assim, o sindicato irá interpor um
recurso perante o Tribunal Superior do Trabalho – TST, em Brasília, órgão
máximo que julga as causas trabalhistas no país.
Para a Presidente do SIMPI, Profa.
Carminha Oliveira, a postura de coação do Governo em querer que os professores
retornem imediatamente às suas atividades está se dando de forma arbitrária,
pois a todos é garantido o direito de recorrer. “A greve deve continuar, até
porque, não recebemos ainda qualquer notificação da Justiça para que retornemos
às nossas atividades. O governo está querendo pressionar a categoria com corte
de pontos, mas o Prefeito sabe que somente após a publicação do acórdão a
medida terá validade”, declara a líder sindical.
Diante deste impasse jurídico, a
categoria deverá aguardar a publicação do acórdão pelo TRT e o resultado do
pedido liminar de suspensão do julgamento que será feito pelo SIMPI ao TST,
para então deliberarem acerca do movimento grevista. “Todo este tramite deve
durar de 8 à 10 dias. Só após a manifestação do Tribunal Superior a categoria
tomará conhecimento e irá se posicionar acerca da continuidade ou não da
greve”, finaliza o advogado.
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