Balança da
Paralisação dia 23 - Polícia Federal
Policiais federais de várias partes do
País mostraram mais uma vez força na luta contra a injustiça. Foram várias as
formas de protesto. Em alguns locais, os agentes levaram faixas, usaram
mordaças, pintaram as mãos de vermelho, vestiram camisetas pretas para
demonstrar o tamanho da insatisfação com a situação atual. Vale tudo para
acabar com os desmandos que impedem a reestruturação da carreira e a melhoria
no trabalho da Polícia Federal.
Em Brasília, dezenas de policiais
federais se reuniram próximo ao Ministério da Justiça para mostrar a
"insatisfação nacional dos policiais frente ao descaso do governo."
Segundo o presidente do Sindipol-DF, Flávio Werneck, a categoria já apresentou
40 projetos para o governo, mas nenhum foi levado ao Congresso.No Rio Grande do
Sul, a categoria se empenhou para chamar a atenção das autoridades e da
população. Um dos protestos ocorreu em
Porto Alegre, no aeroporto. Os policiais colocaram um elefante branco inflável
de cerca de dois metros de altura na saída do desembarque do terminal. Os
agentes, escrivães e papiloscopistas também distribuíram panfletos e estenderam
faixas.
No Paraná, em Curitiba, a mobilização
foi em frente ao Diretório do Partido dos Trabalhadores. O presidente do
Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná, Fernando Vicentine,
esteve lá para entregar um ofício com diversas reivindicações da categoria.
Agentes de Ponta Grossa e Londrina também aderiram ao protesto. Em Foz do
Iguaçu, houve uma caminhada e os manifestantes se concentraram em frente à
delegacia da Polícia Federal da cidade. Usando mordaças e com as mãos pintadas
de vermelho, eles denunciaram o sucateamento do órgão e o descaso e desrespeito
com a segurança pública. A fiscalização e o controle de migração na Ponte
Internacional da Amizade, entre o Brasil e o Paraguai, está sendo mantida por
apenas dois policiais federais.
No Mato Grosso do Sul, em Dourados, os
agentes também paralisaram as atividades durante todo o dia. Agentes, escrivães e papiloscopistas da
delegacia da Polícia Federal pintaram as mãos de vermelho simbolizando o sangue
dos policiais mortos. Em Minas Gerais, a mobilização ficou concentrada em Belo
Horizonte, onde dezenas de agentes fizeram um protesto em frente à sede da
superintendência regional.
Já em Recife, Pernambuco, a mobilização
foi no Aeroporto. Os policiais usaram mordaças e distribuíram panfletos.No Rio
Grande do Norte, os policiais se concentraram em frente à sede da PF em Natal.
Eles pintaram as mãos de vermelho para
simbolizar o sangue derramado por causa da
insegurança no país". Apesar da paralisação de 24h, o sindicato
afirma que o atendimento ao público não será afetado. Serviços como emissão de
passaportes, fiscalização nos aeroportos seguem normalmente. Apenas as
investigações de longo prazo não serão realizadas durante o protesto.Em
Sergipe, um elefante branco foi usado para chamar a atenção de quem passava em
frente à sede da PF, em Aracaju. Segundo
o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe, Durvalino Xavier
Nascimento Filho, o elefante simboliza a ineficiência dos inquéritos policiais.
“Cerca de 96% das informações que chegam na PF não são apuradas. Isso impede
que as denúncias cheguem ao Ministério Público”, informou.
No Pará,
em Belém, os serviços essenciais, como a emissão de passaporte e
fiscalização nos aeroportos, continuam funcionando. De acordo com o presidente
do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Pará, Roger Barros Rezegue, a
principal cobrança da categoria é sobre o projeto de reestruturação da carreira,
que estaria parado desde 2010. Ainda segundo o presidente do sindicato, os
policiais esperam uma resposta antes da Copa do Mundo. “Caso não haja resposta
até meados de maio, vamos deliberar para aprovar ou não a greve durante a
Copa”, afirma Rezengue.
Já em Roraima, 70% do efetivo local
participa da mobilização. O ato foi em frente à Assembleia Legislativa de
Roraima. "Pela quinta vez paralisamos as atividades para pedir a
reestruturação das carreiras. Dessa vez
decidimos fazer uma panfletagem no Centro, para mostrarmos à sociedade qual é a
atual situação dos policiais federais", afirmou Luiz Barroso, presidente
do Sinpofer.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, os
protestos estão agendados para acontecer na semana que vem.
Na avaliação do presidente da Fenapef,
Jones Leal, a mobilização foi positiva. “Mais uma vez ficou evidente a
insatisfação geral da categoria que novamente foi às ruas para lutar pela
reestruturação da carreira”, disse.
O presidente da Federação não descartou
a possibilidade de uma greve geral que pode sim durar até a Copa. Dois estados
do Nordeste já querem parar as atividades a partir do dia 15 de maio, demonstrando que o movimento está cada vez
mais forte e que a luta só terminará com a vitória da categoria.
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