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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Balança da Paralisação dia 23 - Polícia Federal

Balança da Paralisação dia 23 - Polícia Federal

Policiais federais de várias partes do País mostraram mais uma vez força na luta contra a injustiça. Foram várias as formas de protesto. Em alguns locais, os agentes levaram faixas, usaram mordaças, pintaram as mãos de vermelho, vestiram camisetas pretas para demonstrar o tamanho da insatisfação com a situação atual. Vale tudo para acabar com os desmandos que impedem a reestruturação da carreira e a melhoria no trabalho da Polícia Federal.
Em Brasília, dezenas de policiais federais se reuniram próximo ao Ministério da Justiça para mostrar a "insatisfação nacional dos policiais frente ao descaso do governo." Segundo o presidente do Sindipol-DF, Flávio Werneck, a categoria já apresentou 40 projetos para o governo, mas nenhum foi levado ao Congresso.No Rio Grande do Sul, a categoria se empenhou para chamar a atenção das autoridades e da população.  Um dos protestos ocorreu em Porto Alegre, no aeroporto. Os policiais colocaram um elefante branco inflável de cerca de dois metros de altura na saída do desembarque do terminal. Os agentes, escrivães e papiloscopistas também distribuíram panfletos e estenderam faixas.
No Paraná, em Curitiba, a mobilização foi em frente ao Diretório do Partido dos Trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná, Fernando Vicentine, esteve lá para entregar um ofício com diversas reivindicações da categoria. Agentes de Ponta Grossa e Londrina também aderiram ao protesto. Em Foz do Iguaçu, houve uma caminhada e os manifestantes se concentraram em frente à delegacia da Polícia Federal da cidade. Usando mordaças e com as mãos pintadas de vermelho, eles denunciaram o sucateamento do órgão e o descaso e desrespeito com a segurança pública. A fiscalização e o controle de migração na Ponte Internacional da Amizade, entre o Brasil e o Paraguai, está sendo mantida por apenas dois policiais federais.
No Mato Grosso do Sul, em Dourados, os agentes também paralisaram as atividades durante todo o dia.  Agentes, escrivães e papiloscopistas da delegacia da Polícia Federal pintaram as mãos de vermelho simbolizando o sangue dos policiais mortos. Em Minas Gerais, a mobilização ficou concentrada em Belo Horizonte, onde dezenas de agentes fizeram um protesto em frente à sede da superintendência regional.
Já em Recife, Pernambuco, a mobilização foi no Aeroporto. Os policiais usaram mordaças e distribuíram panfletos.No Rio Grande do Norte, os policiais se concentraram em frente à sede da PF em Natal. Eles pintaram as mãos de vermelho  para simbolizar o sangue derramado por causa da  insegurança no país". Apesar da paralisação de 24h, o sindicato afirma que o atendimento ao público não será afetado. Serviços como emissão de passaportes, fiscalização nos aeroportos seguem normalmente. Apenas as investigações de longo prazo não serão realizadas durante o protesto.Em Sergipe, um elefante branco foi usado para chamar a atenção de quem passava em frente à sede da PF, em Aracaju.  Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe, Durvalino Xavier Nascimento Filho, o elefante simboliza a ineficiência dos inquéritos policiais. “Cerca de 96% das informações que chegam na PF não são apuradas. Isso impede que as denúncias cheguem ao Ministério Público”, informou.
No Pará,  em Belém, os serviços essenciais, como a emissão de passaporte e fiscalização nos aeroportos, continuam funcionando. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Pará, Roger Barros Rezegue, a principal cobrança da categoria é sobre o projeto de reestruturação da carreira, que estaria parado desde 2010. Ainda segundo o presidente do sindicato, os policiais esperam uma resposta antes da Copa do Mundo. “Caso não haja resposta até meados de maio, vamos deliberar para aprovar ou não a greve durante a Copa”, afirma Rezengue.
Já em Roraima, 70% do efetivo local participa da mobilização. O ato foi em frente à Assembleia Legislativa de Roraima. "Pela quinta vez paralisamos as atividades para pedir a reestruturação das carreiras.  Dessa vez decidimos fazer uma panfletagem no Centro, para mostrarmos à sociedade qual é a atual situação dos policiais federais", afirmou Luiz Barroso, presidente do Sinpofer.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, os protestos estão agendados para acontecer na semana que vem.
Na avaliação do presidente da Fenapef, Jones Leal, a mobilização foi positiva. “Mais uma vez ficou evidente a insatisfação geral da categoria que novamente foi às ruas para lutar pela reestruturação da carreira”, disse.

O presidente da Federação não descartou a possibilidade de uma greve geral que pode sim durar até a Copa. Dois estados do Nordeste já querem parar as atividades a partir do dia 15 de maio,  demonstrando que o movimento está cada vez mais forte e que a luta só terminará com a vitória da categoria.

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