Reitora da UESC
indicada para comissão de criação do
fundo federal
para as universidades estaduais e municipais
A reitora da Universidade Estadual de
Santa Cruz - UESC, Adélia Pinheiro, foi indicada pela Associação Brasileira dos
Reitores das Universidades Estaduais e Municipais - Abruem, para integrar o
Grupo de Trabalho que irá analisar a proposta de participação do Governo Federal
no financiamento das Universidades Estaduais e Municipais em conjunto com o
Ministério da Educação - MEC.
A comissão técnica de trabalho foi
pedida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e é formada por membros
da Abruem e do Ministério da Educação (MEC) para iniciar um levantamento, em
caráter de urgência, com a finalidade de embasar a reivindicação dos reitores.
Além da professora Adélia Pinheiro, participam da comissão os reitores Aldo Nelson Bona (Unicentro) e Antonio Guedes
Rangel Júnior (UEPB).
Os reitores pleiteiam um repasse anual
de R$ 2 mil por aluno para todas as universidades públicas estaduais e
municipais. A proposição de criação do fundo federal ocorreu em março deste
ano, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das
Universidades Públicas Estaduais e Municipais.
Para a reitora da UESC, Adélia Pinheiro,
"as universidades estaduais e municipais representam 40% das matrículas
públicas no ensino superior brasileiro, mantidas com recursos dos estados e
municípios. Se faz necessário o reconhecimento da União no esforço feito por
estados e municípios, bem como incluir essas instituições na política federal
de consolidação da educação superior, com previsão de financiamento
regular"
Atualmente as instituições de ensino
superior estaduais e municipais reúnem 43% do total de alunos matriculados no
ensino superior público brasileiro. Um estudo elaborado pelo professor Paulo
Roberto Godoy (ex-reitor da UEP) enumera diversos fatores que colocam as
universidades estaduais e municipais em posição de protagonismo no ensino
superior brasileiro. Com base em publicação do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (INEP), em 31 anos (1980 a 2011), o crescimento da
matrícula no sistema estadual/municipal chegou a 321,83%; o sistema federal
cresceu 226,14%. No mesmo período, a evolução do número de concluintes nas
estaduais/municipais alcançou a marca de 192,96% (saltou de 36,5 mil para 107,2
mil).
A proposta inicial da Abruem é que a
União invista 10% do valor destinado por aluno/ano nas universidades federais
para as instituições estaduais e municipais, o que representa um valor estimado
de R$ 2 mil/ano para cada aluno matriculado no exercício anterior. A despesa
seria coberta a partir da autorização ao Poder Executivo para a utilização de
recursos oriundos do pagamento da dívida dos respectivos estados à União.
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