Escola Agrícola
Comunitária Margarida Alves comemora 15 ano de Educação Contextualizada do
Campo no Sul da Bahia
Comemoração reunirá comunidades
beneficiárias, parceiros, financiadores e educadores
Ciranda dos Abraços, este é o tema da
comemoração de quinze anos da Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves
(EACMA), no dia 04 de setembro às 17 horas, na rodovia Ilhéus/Uruçuca, no Sítio
Flor do Iguape, onde funciona desde o ano de 1997. O encontro reunirá
comunidades beneficiárias, parceiros, financiadores e educadores.
A
comemoração congregará representantes das cerca de quinze mil famílias que
passaram pela instituição desde a sua fundação, e homenageará jovens que
concluíram o Ensino Técnico e Superior com o apoio da Escola e ainda aqueles
que atualmente são colaboradores da entidade. Contará, também, com a presença
de parceiros que contribuíram financeiramente, como, por exemplo, a
KMB/Áustria, grupo que presta solidariedade internacional e que apoia a EACMA
em atividades de formação em agroecologia.
No ano de 1995, comunidades rurais dos
municípios de Belmonte, Uma e Pau Brasil uniram-se para fundar uma Escola que
atendesse jovens que haviam concluído o Ensino Fundamental I e não tinham
oportunidade de dar continuidade aos estudos por questões que envolviam longas
distâncias das cidades, precariedade no transporte escolar e ausência de uma
educação contextualizada. No mês de setembro de 1995, foi fundada a Associação
Servidora dos Pequenos Produtores, que viria a ser a mantenedora da Escola,
cujo nome homenageia a sindicalista paraibana Margarida Alves, que foi
assassinada por incomodar os donos de usina que desrespeitavam os direitos dos
trabalhadores rurais. Margarida costumava afirmar que é “melhor morrer na luta
que morrer de fome”. No ano de 1996 um mutirão de mil mãos, uma verdadeira
ciranda dos abraços construiu a Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves que
desde então abraçou quinze mil famílias, sessenta comunidades e três territórios.
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