Contadora também
aponta envolvimento de André Vargas, Luiz argolo e Mario Negromonte
Além do deputado federal Luiz Argôlo
(SD-BA), a contadora Meire Bonfim Poza citou os nomes de André Vargas (Sem
partido-PR), e o ex-ministro das Cidades, Mario Negromonte (PP), como políticos
que teriam se beneficiado do esquema de lavagem de DINHEIRO do doleiro Alberto Youssef. A contadora
afirmou que fez pagamentos para familiares de parlamentares.
- Fiz pagamento para o deputado André
Vargas, que depois eu soube que era do jatinho [emprestado pelo Youssef para
uma viagem ao Nordeste], para familiares do Luiz Argôlo e outros pagamentos que
eu não sei quem são as pessoas - disse.
A lista com os nomes de pessoas a quem
Meire Poza transferiu dinheiro a pedido de Youssef foi apreendida pela Polícia
Federal durante a operação Lava Jato. André Vargas, que se desfiliou do PT do
Paraná, e Luiz Argôlo, que tentou a reeleição na última eleição, respondem a
processos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Notas frias
Em seu deporimento, a contadora Meire Bonfim Poza afirmou também
que a GFD, empresa controlada por Alberto Youssef, emitia notas para empresas
sem que serviços fossem prestados. Ela
negou que as empresas de Youssef para as quais prestava serviços tinham
contratos diretos com instituições públicas, como a Petrobras.
- Elas tinham relação com empreiteiras e
não com empresas públicas. Mendes Júnior, Sanko Sider, Engevix, Paranasa,
principalmente essas - apontou.
Segundo ela os recursos que chegavam até
GFD eram aplicados em outros investimentos feitos pela empresa como a operadora
de turismo Marsans.
O salário de Meire seria R$ 15 mil reais
mensais para atender todas as empresas de Youssef. Ela conheceu Youssef a partir de Enivaldo
Quadrado, condenado no processo do Mensalão e que cumpre pena alternativa.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu
a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa de Meire e disse que ela não
deveria ser ouvida na condição de testemunha, mas de investigada.
Fonte: Agência Senado
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