Sindicatos vão
avaliar a segurança dos aeroportos.
Durante a greve da Polícia Federal deflagrada
no dia, 20, dirigentes sindicais em todo o país vão inspecionar as condições de
trabalho dos policiais federais nos aeroportos brasileiros.
Serão checados vários itens relacionados
à estrutura de segurança, recursos humanos e equipamentos, assim como o cumprimento
dos protocolos de segurança no embarque e desembarque de pessoas e mercadorias.
Os resultados da inspeção sindical vão
compor um relatório que será divulgado para a imprensa local na próxima semana,
em coletivas de imprensa que serão agendadas pelos sindicatos locais.
Segundo dados oficiais, 10 agentes
federais abandonam a profissão a cada mês, fugindo de uma carreira sucateada
pelo Governo Dilma. E como consequência, funções de fiscalização e policiamento
têm sido terceirizadas ilegalmente, para pessoas sem capacitação profissional
adequada.
Os agentes federais denunciam um boicote
do Governo Federal depois das investigações do Mensalão, pois essa época deu
início a um congelamento salarial que completa cinco anos, sem o reconhecimento
legal das atribuições de nível superior exercidas desde 1996.
Segundo José Carlos Nedel, diretor de
estratégia sindical, “hoje vivemos um risco maior de terrorismo e crimes
transnacionais no Brasil, devido ao descaso do Governo com a Polícia Federal,
órgão que possui a missão constitucional de policiamento dos aeroportos e
fronteiras”.
“Em pleno século XXI, o país possui
aeroportos brasileiros sem nenhum policial federal, onde não são cumpridos os
protocolos de policiamento aeroportuário. E aeronaves saem desses aeroportos e
pousam nos aeroportos internacionais. Um absurdo!”, completa Jones Borges Leal,
presidente da federação.
A Federação Nacional dos Policiais
Federais acatou, mas considerou injusta a decisão do ministro Gilmar Mendes,
que autorizou o corte o ponto dos policiais grevistas. Segundo a entidade, é um
absurdo equiparar servidores públicos civis a militares, se a greve da PF
sempre promoveu atos cívicos com cidadãos desarmados, em cumprimento à lei da
greve.
Na opinião de Adair Ferreira, diretor
jurídico da federação, "em toda a história das greves no serviço público,
sempre ocorreu o corte de ponto, que é utilizado como ameaça e retaliação do
governo. Mas a greve atual é legal e excepcional, e os policiais sabem que o
movimento é justo e depende da participação de cada um. Afinal, são servidores
que sofrem um congelamento salarial de cinco anos, e quem desobedece a
Constituição Federal é o próprio governo".
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