Moraes Moreira
revive "Acabou Chorare" para celebrar aniversário de Salvador
“Chegou a hora dessa gente bronzeada
mostrar seu valor/ Eu fui à Penha, fui pedir ao Padroeiro para me ajudar/ Salve
o Morro do Vintém, pendura a saia eu quero ver/ Eu quero ver o tio Sam tocar
pandeiro para o mundo sambar/ O Tio Sam está querendo conhecer a nossa
batucada/ Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato/ Vai entrar no
cuscuz, acarajé e abará/ Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, Iaiá”. É
nesse ritmo, com composição de Assis Valente, que Moraes Moreira sobe ao palco
da Praça Cayru, na próxima sexta-feira (28), na primeira noite dos grandes
shows que acontecem até domingo (30) no Festival da Cidade.
Além do palco montado no Comércio,
haverá shows também no Dique do Tororó e Cajazeiras X, no Campo da Pronaica.
(veja a programação completa em www.festivaldacidade.salvador.ba.gov.br).
Natural de Ituaçu, no sertão baiano, Moraes Moreira vai apresentar todas as
músicas do álbum “Acabou Chorare”, aliando também repertórios carnavalescos e
outros sucessos. O músico Davi Moraes, filho de Moraes Moreira, também
participará do show, que terá a animação e alegria de músicas como “Preta
Pretinha”, “Brasil Pandeiro” (música apresentada acima) e “A Menina Dança”.
As letras permanecem vivas no imaginário
de brasileiros desde a década de 1970, época em que ganhou visibilidade o grupo
formado por Moraes Moreira, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor
e Luiz Galvão, os Novos Baianos. Moraes já está animado com a apresentação na
Praça Cayru, por onde tantas vezes passou ao quando trabalhava na capital
baiana, ainda jovem, lembrando com carinho de alguns dos lugares mais especiais
da cidade.
“Adoro a Praça Cayru. Lembro que no meu
primeiro trabalho como bancário no Banco Nacional da Bahia, descia sempre o
Elevador Lacerda com dinheiro compensar depósito no Banco do Brasil, na Cidade
Baixa, sem ser incomodado por ninguém. Lembro muito do percurso entre a Rua
Chile até o Banco do Brasil, do Largo Dois de Julho, onde morei, na Rua
Democrata, número 17, em frente ao Fantoche, e tenho uma lembrança muito grande
da Ribeira, Rua Domingos Rabelo, da casa de Osmar, onde comecei meus primeiros
passos”.
Mesmo antes do dia do aniversário da
cidade, Moraes parabenizou os soteropolitanos por serem filhos dessa terra. “É
uma emoção grande comemorar essa cidade que amo, onde comecei minha vida
artística, minha história na música, no tempo em que a cidade ainda era quase
interiorana. Tenho muitas lembranças boas e comemorar seu aniversário me dá
muito orgulho. Desejo que o povo agora esteja com esperança de uma cidade
melhor porque o passado recente é de muita tristeza. Estou notando que essa
esperança está sendo reacendida e que nosso atual prefeito possa fazer um
trabalho maravilhoso. É o meu desejo nesse aniversário”, acrescentou.
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