7ª Festa Literária de Ilhéus tem
recorde de públicos
A 7ª Festa Literária de Ilhéus (FLI), realizada este ano com um novo formato, de 13 e 15 de novembro, no Centro de Convenções local, atingiu recorde de público com a visitação de cerca de 25 mil pessoas, conforme a organização do evento. Criada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em parceria com a Academia de Letras de Ilhéus e a Fundação Pedro Calmon, dessa vez, a FLI foi produzida pelo Governo da Bahia, através da Sarça Comunicação, que trabalhou na captação de recursos e montagem da feira.
A Festa convergiu escritores locais, nacionais e internacionais, além de apresentar diversas linguagens da arte, com espaços dedicados à música e outras manifestações culturais e populares de Ilhéus, e ao público infantil. O reitor da Uesc, Alessandro Fernandes, considerou esta sétima edição da FLI bastante positiva, pelo grande número de pessoas que esteve no evento e pela participação de autores de alta qualidade, tanto em nível regional, estadual, nacional e internacional.
No Espaço Jorge Amado, cujos debates literários atraiu a curiosidade do público, inclusive de muitos turistas que estavam na cidade. Nomes como Ailton Krenak, Mia Couto, Renato Peruzzo, Elisa Oliveira, Luh Oliveira, Tallýz Mann, Rita Santana, Iolanda Costa, Marcineia Tupinambá, Tcharly Bliglia, Casé Agantu, Rita Prudente, Flávio Gonçalves, Maria Luiza Santos, Marcial Cotes, Elis Matos, Bruna Vieira, Jade Arraes, entre outros, enriqueceram o diálogo sobre a literatura e suas perspectivas.
As rodas de conversas com Ailton Krenak e Mia Couto tiveram que ser transferidas do espaço interno para a área ao ar livre do centro de convenções, diante da enorme presença do público.
Krenak elogiou o interesse do público infantil e, ao lado do professor da Uesc, Casé Agantu, falou sobre “o tempo, como uma contemporaneidade e como isso afeta o nosso modo de pensar, como que nós estamos habitando a Terra, vivendo a Terra”.
O escritor Mia Couto, reverenciado em todos os continentes, destacou que a literatura existe por si mesma e não é uma ferramenta para resolver problemas, mas “está dentro de nós, dentro da nossa alma, quer haja crise ou não haja, a literatura tem essa função que é nos rehumanizar, nos encantar e nos fazer mais próximos.”
A professora Rita Argollo, diretora da Editus/Uesc, lembra a história do evento, iniciada em 2013, quando a Uesc criou a Feira Universitária de Livros, e dois anos depois, a Academia de Letras criou o Festival Literário de Ilhéus (Flios), também em parceria com a Editus.
Fonte: Ascom/UESC
Imagem: Júlia Barreto
Nenhum comentário:
Postar um comentário