
Dr. Humberto, Formado médico pela Faculdade de Medicina da UFBA; Pós-graduado sanitarista pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); Especialista em Hansenologia, título conferido pela Associação Médica do Brasil (AMB); Médico da Prefeitura Municipal de Itabuna desde 1983 atua no ambulatório de Dermatologia Sanitária do Centro de Saúde Dr. José Maria de Magalhães Neto (antigo SESP); Médico da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) desde 1988 encontra-se cedido à Secretaria de Saúde de Ilhéus e lotado no CAE III (antigo SESP), participou do Seminário “Da Lepra à Hanseníase no Brasil”, realizado no Rio de Janeiro.
REGISTROS DA HISTÓRIA: da lepra à hanseníase no Brasil
Presente na história da humanidade desde a Antiguidade, a hanseníase é uma doença que ainda hoje apresenta índice elevado de número de casos no mundo, embora tenha nos últimos anos experimentado um grande recrudescimento. Sua história vem acompanhada das políticas criadas para seu cuidado, controle e cura, tornando-a hoje uma doença endêmica curável e tratável, sem necessidade de isolamento em leprosários nem de políticas agressivas e autoritárias que a marcaram durante alguns anos.
Neste seminário, em 10/09/2010 no Rio de Janeiro, promoveremos um debate acerca de fatos recentes da política de combate à hanseníase no Brasil, sobretudo após maio de 1976, com a Portaria 165, do Ministério da Saúde, oficializando a hospitalização dos doentes em detrimento do isolamento em leprosários e seus desdobramentos, sobretudo após a poliquimioterapia. A mudança desta política vem acompanhada de fatores decisórios que guardam elo com a tecnologia, as ações governamentais, seu contexto de criação e a história como um todo e que remetem aos primórdios do programa de controle da doença no Brasil.
Um de nossos objetivos é discutir tais políticas no país, a partir dos depoimentos de diferentes atores e gestores que dela participaram, seja como mentores e elaboradores ou como cumpridores destas ações, e também por parte daqueles que foram alvo destas políticas.
Outro objetivo é prestar nossa homenagem às instituições e pessoas que nos últimos anos têm sido atuantes e presentes, quer seja na preservação desta história através da manutenção de acervos documentais que a refletem, ou com sua perseverança pessoal em fazer da lepra uma doença do passado e afirmar a presença da hanseníase, uma patologia livre de estigmas que lembrem isolamento e separação, mas que afirma o potencial de inserção e reabilitação social do paciente.
Data: 10/09/2010
Local: Hotel South American (R. Francisco Sá, 90 – Copacabana/Rio de Janeiro/RJ)
8:00 às 8:30
Credenciamento
8:30 às 9:00
Mesa de abertura:
Sonia Brito (Secretaria de Vigilância em Saúde/MS)
Marcos Virmond (Sociedade Brasileira de Hansenologia e Instituto Lauro de Souza Lima/SP)
Cristiano Cláudio Torres (Morhan: Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase)
Antonio José Ledo Alves da Cunha Ledo (Faculdade de Medicina da UFRJ)
Nara Azevedo (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz)
9:00 às 9:30 – Mini conferência
Alice Cruz (Universidade de Coimbra)
“Fluxos e refluxos de uma doença em trânsito pelo Atlântico: convergências e
divergências entre Portugal e Brasil”
9:30 às 10:50 – Mesa 1 – Preservação da memória da hanseníase: experiências bem sucedidas.
9:30 às 9:50 - Fundação Paulista contra a Hanseníase – Marli Manini
9:50 às 10:10 - Biblioteca Virtual de Saúde (Hanseníase)/Instituto Lauro de Souza Lima/SP – Marcos Virmond
10:10 às 10:30 – Hospital Santa Isabel/Fhemig – Sidney José do Carmo: “História em quatro Destempos: Um recorte historiográfico...”
10:30 às10:50 - Sociedade Brasileira de Dermatologia – Rosallyn Leite
10:50 às 11:30
Comentários
11:30 às 12:00 – Homenagens por iniciativas de preservação de acervos históricos em hanseníase
- Instituto Lauro de Souza Lima – Dr. Diltor Opromolla (Paula Opromolla)
- Fundação Paulista contra a Hanseníase – Marli Manini
- Hospital Santa Isabel/Fhemig - Sidney José do Carmo
Homenagem ao representante dos profissionais de saúde entrevistados:
Dr. René Garrido Neves
Homenagem ao representante dos ex-pacientes e pacientes entrevistados:
Cristiano Cláudio Torres
Destaque para a exposição de pôsters sobre o tema
12:00 às 13:30 - Almoço
13:30 às 14:20 - Mesa 2 - História da hanseníase: isolamento compulsório e reparação do Estado
13:30 às 13:50 - “O isolamento compulsório em São Paulo”, Yara Nogueira Monteiro (Instituto de Saúde/SES/SP)
13:50 às 14:10 - “A reparação do Estado aos que foram isolados compulsoriamente”, Sueli de Paula Dias (CIA/SDH/PR)
14:10 às 14:30 - Comentários
14:30-15:00 - Intervalo
15:00 às 16:30 - Mesa 3 - Políticas de controle da hanseníase no país e experiências estaduais
15:00 às 15:20 - Maria Leide Wand-Del-Rey de Oliveira (UFRJ)
15:20 às 15:40 - Adele Schwartz Benzaken (Fundação Alfredo da Matta/AM)
15:40 às 16:00 - Wagner Nogueira (SES/SP)
16:00 às 16:20 - Tufi Neder Meyer (Fhemig) - Breve História e Reestruturação dos Hospitais-colônia em Minas Gerais
16:20 às 17:00 - Comentários
17:00 - Coffee break de lançamento:
- Inventário do Arquivo Pessoal de Souza-Araújo em CD;
- Inventário do Laboratório de Hanseníase (IOC/Fiocruz) em CD;
- Catálogo de História Oral: Memória e história da hanseníase no Brasil através de seus depoentes (1960-2000);
- Coleção ‘História da Lepra no Brasil’ e Caderno de Laboratório, de Souza-Araújo (DVD Rom)
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