GILMAR MENDES, DO
STF! CARÁTER É ISSO?
Denúncias veiculadas na imprensa
Em matéria de 2012, a revista Carta
Capital veiculou diversas denúncias contra Gilmar Mendes.[147] Nela, Mendes é
acusado de sonegação fiscal,[148] de ter viajado em aviões cedidos pelo
ex-senador Demóstenes Torres,[149][150] de intervir em julgamentos em favor de
José Serra,[151][152][153] de nepotismo,[154] e testemunho falso ao relatar uma
chantagem do ex-presidente Lula para que adiasse o processo do Mensalão para depois
das eleições municipais de 2012.[155][156] A revista repercute acusações de
certos movimentos sociais dele ser o "líder da oposição", de estar
destruindo o judiciário e de servir a interesses de grandes proprietários.
Mendes porém volta a afirmar não ser o líder da oposição.[157]
No dia 31 de maio de 2012, o PSOL
protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República contra o
ministro Gilmar Mendes questionando a conduta do magistrado em relação às
denúncias de que teria sofrido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para adiar o julgamento do mensalão.[158] A representação se encontra em
curso.
Em setembro de 2010, a reportagem da
Folha de S. Paulo presenciou uma ligação de José Serra para Gilmar Mendes.[151]
Segundo o jornal, José Serra teria ligado para Gilmar Mendes para pedir o
adiamento de uma votação sobre a obrigatoriedade de dois documentos para votar
(julgamento de ADI pedida pelo Partido dos Trabalhadores).[151] Gilmar Mendes
foi acusado de nepotismo por[quem?]. Em março de 2012, a Folha de S. Paulo
revelou que a enteada do ministro Gilmar Mendes é assessora do senador
Demóstenes Torres. Segundo a Folha, especialistas afirmaram que o caso poderia
ser discutido no âmbito da regra antinepotismo porque súmula do STF impede a nomeação
para cargos de confiança de parentes de autoridades dentro da "mesma
pessoa jurídica".[154]
Em uma conversa entre o senador
Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia
Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira ter
obtido favores junto ao ministro Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação
envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).[159] Considerada a
"caixa preta" do governo de Goiás, a Celg estava imersa em dívidas
que somavam cerca de R$ 6 bilhões.[159] Segundo reportagem do Estadão,
Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de
metade do valor com uma decisão judicial, tendo "trabalhado ao lado do
ministro para consegui-lo".[160] O ministro Gilmar Mendes também foi
acusado por Carta Maior - O portal da esquerda de ter relações com o
contraventor Carlinhos Cachoeira e seu amigo Demóstenes Torres. O ministro
porém negou ter viajado em avião de Cachoeira e apresentou documentos que,
segundo ele mesmo, desmentem tais acusações.[161]
O ministro foi acusado em abril de 2011
pelo seu ex-sócio e ex-procurador-geral da República Inocêncio Mártires Coelho
por desfalque e sonegação fiscal. Mendes recebeu, a seu favor, um parecer
assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, o qual valida o
despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do IDP. O denunciante deu o
processo por encerrado em troca da quantia de R$ 8 milhões.[162]
Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia
Federal e da Abin, envolvido no escândalo dos grampos da Operação Satiagraha,
foi acusado por Gilmar Mendes de estar "assessorando" o ex-presidente
Lula. Lacerda afirmou que se Mendes de fato disse isso, esta seria uma
informação "leviana, irresponsável e mentirosa".[163] A Associação
Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifestou solidariedade a
Paulo Lacerda.[164] Nem o grampo, nem o áudio do alegado grampo, jamais foram
encontrados pela Polícia Federal, que arquivou o inquérito que apurava
referidas alegações.[165][166]
Em 2012 o Estado de São Paulo veiculou a
informação de que Gilmar Mendes representou à Polícia Federal para
"abertura de investigação contra a Wikipédia" no Brasil, por
considerar que o verbete estaria "distorcido", acreditando que não
deve haver referência à matéria de Carta Capital. Segundo o Ministro "o
verbete deve ser estritamente informativo sobre o biografado, sem absorver
avaliações de terceiros ou denúncias jornalísticas".[167]
Em 2010 o Ministro Gilmar Mendes,
representado por advogados do IDP, teve o seu pedido de indenização por danos
morais contra a revista Carta Capital negado pela juíza Adriana Sachsida
Garcia, da 34ª Vara Cível de São Paulo.[168] Segundo a juíza "se os fatos
não são mentirosos, não vejo fundamento jurídico para coibir o livre exercício
do questionamento e da crítica pela imprensa. Ainda que daí possa decorrer
'efeito colateral' em desfavor do autor".
O caso do médico Roger Abdelmassih
Em 23 de dezembro de 2009, Gilmar
Mendes, na época presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas
corpus que revogava a prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih acusado por
56 crimes sexuais.[169] Como consequência, o médico permaneceu foragido até o
ano de 2014, quando suas vítimas mobilizaram-se e conseguiram encontrá-lo no
Paraguai.
Em 2009, para o ministro Gilmar Mendes,
como o Conselho Regional de Medicina suspendeu o registro profissional do
médico, não haveria possibilidade de reiteração dos supostos abusos sobre
clientes, e por isso, não seria necessária a prisão provisória. “A prisão
preventiva releva, na verdade, mero intento de antecipação de pena, repudiado
em nosso ordenamento jurídico”.[170]
Com a repercussão do polêmico ato de
Mendes, diversas vítimas Abdelmassih publicaram moções de repúdio, concederam
entrevistas, organizaram abaixos-assinados[171]. Uma delas, Vanuzia Leite
Lopes, em entrevista chegou a declarar: “O maior estupro foi feito por Gilmar
Mendes”. [172]
O promotor Luiz Henrique Dal Poz,
responsável pelo caso do médico Roger Abdelmassih, viu com preocupação a
decisão do STF de libertar o médico e considerou a continuidade da prisão do
médico "extremamente necessária". O promotor também afirmou que
Mendes teve acesso somente as informações apresentadas pela defesa,
justificando a decisão de libertar o médico. [173]
Lei da Ficha Limpa
Em agosto de 2016, Gilmar Mendes disse
que a Lei da Ficha Limpa parece ter sido “feita por bêbados”. A frase do
ministro foi dita durante sessão da Corte que analisa decisão sobre contas
rejeitadas de prefeitos que são candidatos às eleições. “Sem querer ofender
ninguém, mas já ofendendo, parece que [a Lei da Ficha Limpa] foi feita por
bêbados. É uma lei mal feita, nós sabemos disso. No caso específico, ninguém
sabe se são contas de gestão ou contas de governo. No fundo, é rejeição de
contas. E é uma lei tão casuística, queria pegar quem tivesse renunciado”,
disse Mendes.[174][175]
Críticas a decisão de outros ministros
do STF
Marco Aurélio Mello
Em 6 de dezembro de 2016, Gilmar Mendes
criticou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello ao aceitar a liminar do Rede
Sustentabilidade que pedia o afastamento de Renan Calheiros do cargo de
presidente do Senado. A decisão de Marco Aurélio foi baseado no próprio
entendimento da Corte de que réus não podem assumir a linha de sucessão presidencial
do Brasil. Para Gilmar Mendes, Marco Aurélio agiu como "despachante".
Gilmar Mendes inclusive "sugeriu" o impeachment do ministro, ao falar
que o caso era “reconhecimento de inimputabilidade ou de impeachment”.[176]
Luiz Fux
Em 15 de dezembro de 2016, Gilmar Mendes
considerou uma “perda de paradigmas” a decisão do ministro Luiz Fux que
determinou devolução do projeto anticorrupção à Câmara dos Deputados a partir
da estaca zero. Segundo ele, impor ao Congresso que aprove um texto sem fazer
alterações é o mesmo que fechar o Legislativo. “É um AI-5 do Judiciário”,
afirmou em referência ao Ato Institucional 5, que, em 1967, suspendeu garantias
constitucionais no País. Para Mendes, o STF caminha para o “mundo da
galhofa”.[177] Gilmar Mendes já era um crítico ao projeto de lei do Ministério
Público Federal das 10 Medidas contra a corrupção, do qual qualificou como
"delírio".[178]
O site O Antagonista publicou no mesmo
dia uma nota dizendo que Gilmar Mendes se apropriou do termo "AI-5",
utilizado pelos jornalistas, que chamou as emendas da meia-noite de “AI-5 do
Crime Organizado”, quando a Câmara desfigurou o projeto inicial[179] com a
retirada de diversas medidas e inclusão de outras polêmicas,[180] incluindo uma
de abuso de autoridade de juizes e procuradores, apresentada por Weverton
Rocha.[181]
No mesmo dia, a Associação dos
Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou uma nota sugerindo que Gilmar Mendes
renuncie à toga e vá exercer livremente sua liberdade de expressão como
comentarista. A associação critica a postura de Gilmar Mendes em dar opiniões
sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato. Segundo a nota, o ministro
"vem reiteradamente violando as leis da magistratura e os deveres éticos
impostos a todos os juízes do país, valendo-se da imprensa para tecer juízos
depreciativos sobre decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato e mesmo
sobre decisões de colegas seus, também Ministros do Supremo Tribunal
Federal".[182]
Pedido de impeachment
Em 2016, assim como outros ministros do
STF sofreram pedidos de impeachment, o Senado Federal do Brasil também recebeu
pedidos de impedimento do ministro do Gilmar Mendes.[183] Ressalta-se que em
sessão plenária do dia 20 de setembro de 2016 o presidente do Senado comunicou
o arquivamento dos pedidos de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes.[184].
Fonte: wikipedia.org
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